A procura de medicamentos sem eficácia comprovada para combater a Covid-19, como a como ivermectina e hidroxicloroquina, voltaram a crescer após o aumento de casos da doença no Brasil. É o que aponta um levantamento do Conselho Federal de Farmácia (CFF).
Entre os meses de outubro e novembro, a ivermectina teve um crescimento de 793 mil para 1,8 milhão de vendas no país – um salto de 56%. Já a hidroxicloroquina, que é usada para o tratamento contra malária, aumentou para 97,4 mil.
Os remédios ficaram conhecidos no inicio da pandemia após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defende o uso dos medicamentos, mesmo sem eficácia comprovada.
Outro indicador apontado pelo levantamento mostra que a demanda do final de 2022 foi ainda maior do que em 2021.
Os remédios continua contraindicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) para tratar a Covid-19.