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Saúde - 09/10/2024, 06:00 - Da Redação

SUS soma mais de 150 mil atendimentos decorrentes de osteoporose

Outubro marca o Dia Mundial e Nacional da doença que, no Brasil, tem prevalência de quase 90% dos casos no sexo feminino

Osteoporose torna os ossos mais frágeis
Osteoporose torna os ossos mais frágeis |  Foto: Freepik

Dados do Ministério da Saúde apontam que nos anos de 2022, 2023 e de janeiro até julho de 2024, os atendimentos ambulatoriais por osteoporose no SUS (Sistema Único de Saúde) somaram 150.668 registros e os hospitalares, 322. Cerca de 90% dos registros em ambulatório têm prevalência em mulheres, com 133.645 casos, em contrapartida a 17.043 registros da doença em homens.

A osteoporose é uma preocupação significativa de saúde pública, dada a sua relação com fraturas e complicações associadas, especialmente em idosos. Estima-se que cerca de 10 milhões de brasileiros tenham osteoporose, com a condição sendo mais prevalente entre mulheres, especialmente após o período da menopausa.

Em 2022, os atendimentos ambulatoriais relacionados à osteoporose totalizaram 62.319 registros. Em homens, o número de casos chegou a 6.870 e, em mulheres, 55.449, ou seja, no sexo feminino a prevalência é de mais de 99%. No ano passado, os atendimentos chegaram a 56.395. Desse total, 6.788 casos foram registrados em homens e 49.607 em mulheres. Até julho deste ano, o número de acessos ambulatoriais foi de 31.974, sendo 3.385 na ala masculina e 28.589 na feminina.

Condição caracterizada pela perda de densidade óssea, a osteoporose torna os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Isso acontece quando o corpo não consegue substituir o tecido ósseo perdido de maneira eficiente. A osteoporose geralmente se desenvolve ao longo do tempo e pode ser influenciada por fatores como idade, genética, sexo (é mais comum em mulheres), alimentação, níveis de atividade física e hormônios.

As principais lesões ortopédicas decorrentes da osteoporose incluem fraturas na coluna, que podem acontecer por quedas ou até mesmo esforços leves, causando dor e comprometendo a postura. Mãos também podem ter sua funcionalidade afetada, pois é comum fraturas do punho, frequentemente relacionadas a quedas de idosos, além de ombros por impactos direto, resultando em dor e limitações de movimento.

Além de afetar coluna, punhos e ombros, a osteoporose pode provocar lesões ósseas graves no quadril, o que leva a várias complicações. Em geral, essas fraturas ocorrem por quedas e podem levar a complicações sérias de saúde e à perda da mobilidade. “Após uma fratura de quadril, muitos pacientes têm dificuldade em se locomover, o que pode resultar em perda de independência, além de complicações cirúrgicas que envolvem riscos como infecções, coágulos sanguíneos e reações adversas à anestesia”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico, Marcelo Tadeu Caiero.

Outra consequência grave decorrente de fraturas no quadril é a pneumonia, pois a imobilidade pós-acidente pode aumentar e comprometer a capacidade respiratória. “Há também a osteoporose subjacente, quando a doença não é imediatamente detectada, mas está presente no paciente, levando a novas fraturas, mesmo com traumas mais leves, e a um ciclo contínuo de lesões e complicações. A prevenção e o tratamento adequado da osteoporose são essenciais para reduzir o risco dessas complicações”, explica o especialista.

Prevenção e tratamento

A prevenção e o tratamento da osteoporose incluem a prática de exercícios, uma dieta rica em cálcio e vitamina D, e, em alguns casos, medicamentos. “A detecção precoce com realização de exames é importante para gerenciar a condição e minimizar os riscos de progressão da doença”, diz o médico.

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