27º Salvador, Bahia
previsao diaria
Facebook Instagram
WHATSAPP
Receba notícias no WhatsApp Entre no grupo do MASSA!
Home / Viver Bem

Inclusão necessária - 02/09/2023, 06:00 - Maria Laura S. de Souza - Atualizado em 02/09/2023, 07:45

Salvador ganha I Ambulatório Municipal Especializado em Saúde LGBT+

Atendimentos começam na terça-feira, dia 5, no anexo do Multicentro de Saúde Carlos Gomes

Ambulatório é o primeiro na capital com atendimento exclusivo e especializado nas necessidades da população LGBT+.
Ambulatório é o primeiro na capital com atendimento exclusivo e especializado nas necessidades da população LGBT+. |  Foto: Paulo Almeida - ASCOM/SMS

Foi inaugurado na manhã de sexta-feira (1º) o I Ambulatório Municipal Especializado em Saúde LGBT+. A ação faz parte da implementação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT+. Os atendimentos começam na terça-feira, dia 5, no anexo do Multicentro de Saúde Carlos Gomes. O ambulatório é o primeiro na capital com atendimento exclusivo e especializado nas necessidades da população LGBT+.

A inauguração teve a presença da vice-prefeita e titular da SMS, Ana Paula Matos, da secretária da reparação, Ivete Sacramento, a equipe técnica do ambulatório e equipe de condução do Plano Municipal de Políticas e Direitos Humanos da população LGBT+.

De acordo com Erik Abade, técnico do campo temático saúde da população LGBT+, a inauguração contou com orientações sobre o funcionamento do ambulatório.

Erik explica que o local vai permitir que essa população tenha acesso a demandas especializadas em saúde LGBT+, o que não existia no município até o momento. “Para pessoas trans, tem o acompanhamento para hormonização, e para pessoas trans e cis (lésbicas, gays, bissexuais e etc), tem a oferta de cuidados para sofrimento mental moderado, PrEP e testagem para HIV e detecção precoce de câncer do colo do útero e mama”, informa.

Imagem ilustrativa da imagem Salvador ganha I Ambulatório Municipal Especializado em Saúde LGBT+
Foto: Paulo Almeida - ASCOM/SMS

O ambulatório também conta com consultas com assistente social, enfermeira, farmacêutica, médica generalista, médico psiquiatra e psicologia. Há também a oferta de preservativos internos e externos, gel lubrificantes e ducha higiênica anal. Impressão de cartão SUS com nome social e encaminhamento de pessoas assistidas para outros pontos de atenção da rede, também fazem parte do pacote.

Segundo Erik, podem ser atendidas pessoas LGBT+ a partir dos 18 anos, moradores de Salvador. “Se for por demanda espontânea (quando o indivíduo procura livremente o serviço), ele precisa levar o cartão do SUS, CPF e documento de identificação com foto.

Caso seja referenciado por outros serviços, além desses documentos, é necessária a ficha de referência e relatório do centro”, explica.

O ambulatório vai funcionar todos os dias, mas o acolhimento de novos casos será feito todas as terças e quintas-feiras. “Quem tiver interesse pode comparecer nesses dias das 8h às 12 e das 13 às 16h30”, destaca. Ao chegar no ambulatório, uma equipe fará a escuta do indivíduo, detectar quais as suas demandas e se são compatíveis com os serviços oferecidos no ambulatório.

Imagem ilustrativa da imagem Salvador ganha I Ambulatório Municipal Especializado em Saúde LGBT+
Foto: Paulo Almeida - ASCOM/SMS

Para Erik, a grande diferença do novo espaço de atendimento são as ofertas de acompanhamento para hormonização, PrEP e o acompanhamento psicológico. “São demandas agora ofertadas, mas de uma lacuna na rede, a oferta desses serviços no mesmo lugar ajuda no acesso das pessoas ao serviço”, declara.

Renildo Barbosa, coordenador geral do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT (CPDD LGBT-Ba), revela que desde 2008 foi aprovada deliberação para que esse público tivesse instituído o tripé da cidadania, que visa garantir políticas públicas para atendimento a pessoas LGBTQIAPN+. “O ambulatório traz mais segurança e dignidade as pessoas LGBTQIAPN+ como garantia de atendimento e pressuposto de fortalecimento da equidade, uma vez que os serviços apresentam fragilidades e, em determinadas situações, acontecem LGBTfobia ou desrespeito nos atendimentos”, destaca.

exclamção leia também