
A Universidade Estadual da Bahia (Uneb) em parceria com a União Metropolitana de Educação e Cultura – Anhanguera (Unime), estão oferecendo atendimento gratuito para pessoas que sofrem com enxaqueca. O serviço é realizado na Unime às segundas e quintas-feiras, das 8h às 12h para a triagem e das 14h às 17h para atendimento farmacêutico.
Na Uneb os atendimentos são às terças e quintas-feiras, das 8h às 17h. Para agendar atendimento, é preciso enviar um e-mail para o endereço [email protected], ou mandar uma mensagem através do Instagram @livredaenxaqueca.
A coordenação das atividades é da Psicóloga Ana Patricia Queiroz, coordenadora do curso de Farmácia da Unime Anhanguera. Segundo ela, todas as pessoas que sentem enxaqueca podem participar do projeto com atendimento gratuito.
O atendimento especializado institucional é direcionado para o controle correto de medicamentos e hábitos do paciente com enxaqueca. De acordo com Ana, a forma como se utiliza os remédios durante uma crise podem piorá-la, ou aumentar sua frequência.
“Para isso temos dentro do projeto um Serviço de Gerenciamento da Terapia Medicamentosa, contamos com uma equipe formada por neurologista, farmacêuticas, nutricionistas, fonoaudióloga, fisioterapeutas, terapeutas holísticos, todos trabalhando para assegurar melhores resultados”, afirma.
A coordenadora explica que muitos pacientes apresentam disfunção cervical. A depender dos hábitos de vida dessa pessoa, o quadro pode se agravar. “Existem alimentos que são gatilhos, práticas elementares, dentre outras ações do dia a dia desconhecidas para o paciente, e por isso contamos com essa equipe completa”, explica.
A equipe também oferece serviços de auriculoterapia e massagens relaxantes, complementando o tratamento. A enxaqueca é uma doença neurológica, crônica e hereditária. Ana informa que as dores apresentam cefaleia de moderada a severa.
“Também temos sintomas como náusea, fotofobia, fonofobia, alguns pacientes chegam a apresentar vômito. São crises
recorrentes e incapacitantes”, completa.
Ela ressalta ainda que a enxaqueca não é uma simples dor de cabeça. “Ela não é um sintoma, é uma doença, boa parte dos pacientes precisam ficar acamados durante a crise e muitos acabam tendo a sua produtividade reduzida no trabalho”, destaca.
O paciente com enxaqueca deve procurar um médico, de preferência neurologista, para fazer a abordagem medicamentosa correta. O projeto de tratamento a pacientes com enxaqueca existe desde 2011 pela Uneb. A parceria com a Unime funciona desde 2016. Hoje o projeto atende em média 50 pacientes por semestre.
“Nossos resultados tem sido muito bons, á medida que vamos identificando as necessidades dos pacientes, vamos encaminhando aos serviços, então temos vários profissionais da saúde trabalhando”, conclui Ana.