Tanto representantes de entidades quanto pacientes que utilizam o uso medicinal de produtos oriundos da Cannabis fizeram manifestação, na manhã desta sexta-feira, 21, em frente ao Conselho Federal de Medicina (CFM). Eles pedem uma reavaliação da resolução da entidade que restringe a prescrição do canabidiol (CBF) a apenas dois tipos de epilepsia e esclerose tuberosa.
No decorrer do ato, eles entregaram um manifesto onde consta artigos e estudos já publicados em revistas científicas acerca do uso da Cannabis medicinal.
Os manifestantes alegam que o CFM, além de tentar reter a autonomia médica, está especificamente em estudos arcaicos para a edição da nova norma.
Desse modo, o órgão estaria descartando mais de 10 mil pesquisas científicas produzidas acerca do medicamento para utilidades médicas de 2018 a 2022.
Na última sexta-feira, 14, o CFM publicou uma norma atual com regras referentes à prescrição de medicamentos à base do canabidiol.
Mediante a Resolução CFM 2.324/2022, o medicamento pode ser sugerido apenas para o tratamento de epilepsia refratária em crianças e adolescentes com síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut ou complexo de esclerose tuberosa.