A Bahia pode ter registrado os dois primeiros óbitos por febre oropouche do mundo. Os casos ocorreram nas cidades de Camamu e Valença, no sul do estado, e chamam a atenção pela gravidade dos sintomas e pela ausência de comorbidades nas vítimas, ambas jovens, com 21 e 24 anos. Ministério da Saúde ainda não confirmou os casos.
O Brasil já notificou 7.044 casos de febre oropouche este ano, com transmissão autóctone em 16 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins. Investigações ainda estão em curso no Ceará, Pará e Mato Grosso do Sul.
O Ministério da Saúde está investigando três mortes suspeitas de febre oropouche no país, sendo uma em Santa Catarina e duas na Bahia, que ocorreram em março e junho deste ano. Um caso no Maranhão estava sendo investigado, mas foi descartado.
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A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) registrou os dois óbitos como febre oropouche, mas ainda aguarda confirmação por parte do Ministério da Saúde. Segundo a Sesab, as mortes são preocupantes, pois as vítimas não possuíam comorbidades. O Ministério da Saúde afirma que ainda não é possível confirmar os óbitos como sendo causados pela febre oropouche, destacando a necessidade de uma avaliação criteriosa dos aspectos clínicos epidemiológicos, considerando o histórico pregresso do paciente e a realização de exames laboratoriais.
A febre oropouche é uma doença viral transmitida principalmente por mosquitos do gênero Culex e é endêmica na região amazônica. Os sintomas incluem febre alta, dores no corpo, nas articulações e atrás dos olhos, além de erupções cutâneas e outros sintomas semelhantes aos da dengue.