Neste 31 de maio, Dia Mundial Sem Tabaco, uma descoberta vinda de pesquisadores brasileiros pode representar um novo aliado para quem quer largar o cigarro.
Um estudo conduzido pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e publicado nas revistas Nature e Scientific Reports testou uma combinação de estímulo cerebral com atividade física e obteve resultados promissores na redução da vontade de fumar.
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A pesquisa utilizou a técnica conhecida como estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS, na sigla em inglês), em que eletrodos são colocados na cabeça do paciente e emitem uma corrente elétrica de baixa intensidade (cerca de 2 mA) por 20 a 30 minutos. Quando combinada com exercícios aeróbicos regulares, a tDCS foi a única abordagem que reduziu de forma significativa o desejo pelo cigarro entre os participantes.
Método de pesquisa
Foram analisados 41 fumantes de Maceió, com idades entre 25 e 55 anos, todos com histórico de dependência de nicotina por pelo menos dois anos e sem uso de outras substâncias. Os voluntários passaram por cinco sessões consecutivas da técnica, acompanhadas de avaliações sobre o consumo de cigarro, motivação para parar, reações cerebrais e níveis de desejo pela substância.
Os grupos que fizeram apenas tDCS ou apenas exercícios não apresentaram a mesma redução no desejo de fumar. Já aqueles que combinaram os dois métodos tiveram melhores resultados. Um quarto grupo, submetido ao tDCS simulado com exercício, não teve redução no consumo, mas relatou aumento na motivação para abandonar o vício.
Atualmente, a tDCS é indicada para tratar condições como Parkinson, Alzheimer, depressão, ansiedade, dor crônica e sequelas de AVC. O estudo aponta que, no futuro, a técnica pode também ser incorporada como parte do tratamento da dependência da nicotina.
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