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Inovação - 27/12/2024, 07:20 - Da Redação

Hospital em Salvador realiza tratamento pioneiro contra câncer

Procedimento com tecnologia Nano Knife oferece alternativa minimamente invasiva para casos de câncer

Procedimento aconteceu nesta quinta-feira (26)
Procedimento aconteceu nesta quinta-feira (26) |  Foto: Divulgação

O Hospital Mater Dei Salvador (HMDS) realizou, nesta quinta-feira (26), o primeiro tratamento no Norte-Nordeste utilizando a tecnologia de eletroporação irreversível, conhecida como Nano Knife, para o câncer de próstata.

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O paciente de 69 anos, submetido ao tratamento, enfrentava sua terceira recidiva da doença. Anteriormente, ele havia passado por uma prostatectomia radical robótica e radioterapia, mas um nódulo localizado entre a bexiga e o esfíncter urinário tornou o caso especialmente desafiador devido ao alto risco de incontinência urinária e à impossibilidade de novas sessões de radioterapia.

O tratamento foi conduzido pelo urologista Nilo Jorge Leão, coordenador de urologia do HMDS e do Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica (IBCR), em parceria com os radiologistas Maurício Liberato, coordenador do serviço de radiologia intervencionista do HMDS, e Marco Antonio Freitas, especialista em biópsia transperineal com fusão de software.

Funcionamento

O Nano Knife utiliza antenas percutâneas guiadas por ultrassonografia transperineal para criar um campo elétrico que destrói as células tumorais através de morte celular programada.

A tecnologia, já utilizada em outros países para câncer de próstata, fígado e pâncreas, é considerada uma terapia focal para casos específicos. O HMDS adotou o método após treinamento da equipe médica em Madri, na Espanha.

O método preserva os tecidos saudáveis ao redor, minimizando complicações como incontinência urinária e impotência sexual.

Segundo Nilo Jorge, a tecnologia, amplamente adotada na Europa como terapia focal, é especialmente indicada para casos como o tratado no HMDS, além de tumores de pâncreas e fígado.

"Não podíamos repetir a radioterapia e estávamos sem opções de tratamento além da castração química, que comprometeria severamente sua qualidade de vida. O paciente é um homem ativo, com níveis normais de testosterona e sexualmente ativo", destacou o médico.

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