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Solidariedade - 24/09/2024, 06:00 - Vitória Sacramento*

Evento beneficente da OSID pretende ampliar atendimento a mulheres com endometriose

Ingressos para o Viva Dulce estão disponíveis no Sympla ou podem ser adquiridos diretamente na unidade da OSID em Patamares

A endometriose, afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva
A endometriose, afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva |  Foto: Divulgação/Osid

As Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) promovem, no próximo dia 10 de outubro, a quinta edição do Viva Dulce, um evento beneficente que visa arrecadar recursos para ampliar o atendimento a mulheres diagnosticadas com endometriose. O evento será realizado na Pupileira, às 20h, e contará com um show do cantor Luiz Caldas, além de um jantar all inclusive preparado pelo famoso buffet Vini Figueira Gastronomia.

Os ingressos para o Viva Dulce estão disponíveis no Sympla ou podem ser adquiridos diretamente na unidade da OSID em Patamares. O valor de cada cadeira é de R$ 700, podendo ser parcelado no cartão. Todo o valor arrecadado será destinado à ampliação do atendimento especializado a mulheres que sofrem com essa doença crônica, permitindo que mais pacientes tenham acesso ao tratamento oferecido pela instituição.

A endometriose, afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, é uma doença que causa dores intensas e afeta a qualidade de vida, podendo levar à infertilidade. Devido à alta demanda e à longa fila de espera por tratamento especializado, a OSID, por meio da Clínica da Mulher Dona Dulcinha, oferece um serviço gratuito e de referência para o diagnóstico e tratamento dessa condição. Com os recursos obtidos no evento, a instituição planeja realizar mais de 140 cirurgias e adquirir novos equipamentos para melhorar o atendimento.

“Existe uma grande dificuldade para diagnóstico, especialmente no SUS. O tempo médio entre o início dos sintomas e o diagnóstico final é em torno de 7 anos. No SUS, essas dificuldades são ainda maiores, especialmente porque a ultrassonografia pélvica transvaginal comum não é capaz de fechar o diagnóstico de endometriose profunda. As pacientes precisam de exames mais especializados, como ultrassonografia com preparo intestinal ou ressonância magnética com protocolo específico.” explicou Priscila Ritt, coordenadora do Serviço de Ginecologia da OSID.

“O Viva Dulce trará recursos essenciais para ampliarmos o número de cirurgias, especialmente nos casos mais complexos de endometriose profunda, e reduzir a fila de espera,” continuou Ritt.

“Outro grande problema é a normalização da dor. A cólica menstrual, que é um dos principais sintomas da endometriose, é muitas vezes ignorada ou considerada normal, o que adia ainda mais a investigação e o tratamento adequados,” acrescentou Ritt.

Além disso, a coordenadora destaca que o ideal é que a cirurgia seja feita por via minimamente invasiva, como laparoscopia. No entanto, no SUS, esse tipo de procedimento, especialmente com plataforma robótica, não está amplamente disponível devido ao alto custo, o que contribui para as longas filas de espera.

Sobre o impacto da endometriose na vida das mulheres, Ritt enfatiza: “As mulheres sofrem com dores intensas e, muitas vezes, com infertilidade. Para se ter uma ideia, até 50% das mulheres com dor pélvica crônica têm endometriose, e até 50% das que enfrentam infertilidade também podem ser portadoras da doença.”

A Clínica da Mulher, integrada às Obras Sociais Irmã Dulce, realiza anualmente mais de 28 mil atendimentos e 4 mil procedimentos ambulatoriais, todos gratuitos, incluindo cirurgias ginecológicas, exames preventivos, biópsias e outros tratamentos. O trabalho da OSID continua o legado de Santa Dulce dos Pobres, ampliando o acesso à saúde para as mulheres que mais necessitam.

“Nosso grande objetivo com o Viva Dulce é arrecadar fundos para que possamos oferecer um tratamento integral para as pacientes com endometriose, desde o diagnóstico e, se necessário, a cirurgia. Queremos garantir que essas mulheres recebam o melhor cuidado possível e possam superar os impactos dessa doença,” concluiu Priscila Ritt.

*Sob supervisão da editora Kenna Martins

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