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Olho no sangue - 20/06/2024, 06:15 - Vitória Sacramento*

Doença falciforme: Hemoba realiza ação para pacientes e familiares

A programação contou ainda com apresentações de forró

Estima-se que no Brasil existam entre 600 mil e 700 mil pessoas com anemia falciforme
Estima-se que no Brasil existam entre 600 mil e 700 mil pessoas com anemia falciforme |  Foto: Freepik

Em 19 de junho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme (DF), uma data instituída em 2008 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para aumentar o conhecimento e a compreensão acerca da doença, além de promover ações de apoio aos pacientes e seus familiares.

Para celebrar a data, em Salvador, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba), realizou no Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim (CERPDF) uma série de atividades, na manhã de ontem, destinadas aos pacientes, seus familiares ou acompanhantes com orientações sobre o cuidado com a doença falciforme.

A analista administrativa Juliana Cerqueira, que separou um tempinho para doar sangue, destacou a importância do ato. “É uma ação que traz inúmeros benefícios não somente para os receptores, mas também para os doadores. Além de salvar vidas, o ato de doar incentiva um estilo de vida saudável, já que os doadores são incentivados a manter bons hábitos para serem elegíveis para a doação”, destacou.

A programação contou ainda com apresentações de forró, da cantora Aline Ataíde e da Quadrilha Junina do Grupo Renascer da Terceira Idade das Obras Assistenciais Irmã Dulce, na sede da Hemoba, em parceria com a Associação Baiana de Pessoas com Doença Falciforme (ABADFAL).

A jovem Ana Carolina, 21 anos, tem DF e encontra no tratamento as ferramentas para melhor qualidade de vida. Mensalmente, ela recebe transfusão de sangue, de forma gratuita.

A mãe da paciente, a manicure Maria Almirete Reis da Silva, 44 anos, destaca a importância do tratamento. “Se ela nao fizer esse procedimento dentro do período, acarretam outros problemas de saúde que seria praticamente impossível ela sobreviver”, afirma Maria. “As transfusões são feitas mensalmente e são de extrema importância porque se ela não fizesse as transfusões mensais tem risco de AVC e diversas crises”, completa.

Durante a programação na unidade, também foi lançada a campanha “Amigos da ABADFAL”, uma iniciativa para incentivo à doação de sangue e de alimentos não perecíveis para os associados da ABADFAL. As caixas coletoras estarão disponíveis no Hemocentro Coordenador (Av. Vasco da Gama), Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim (CERPDF) (Av. Centenário) e na sede da Associação, no Multicentro de Salvador (Av. Carlos Gomes).

A doença

A DF é uma doença genética, hereditária e caracterizada por alterações nas hemácias (glóbulos vermelhos) do sangue, que se tornam rígidos e assumem formato de foice, dificultando a passagem de oxigênio para cérebro, pulmões, rins e outros órgãos. É uma doença mais comum em indivíduos da raça negra (pretos e pardos), mas devido à intensa miscigenação historicamente ocorrida no Brasil, pode ser observada também em pessoas de raça branca.

Na Bahia, segundo o Boletim Epidemiológico Doença Falciforme divulgado pela SESAB, entre janeiro de 2017 e abril de 2024 foram notificados 4.361 casos da doença. Já entre os anos de 2015 e 2023 foram realizadas 17.598 internações por causa da enfermidade. No ano de 2024, o Centro de Referência realizou atendimento de mais de cinco mil pacientes provenientes da capital e no interior, incluindo assistência transfusional, atenção farmacêutica, consulta e dispensação de medicamentos de alto custo.

Estima-se que no Brasil existam entre 600 mil e 700 mil pessoas com anemia falciforme, o que representa a maior prevalência da doença fora da África. A maioria dos pacientes se concentra nas regiões Nordeste e Sudeste.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acompanhamento médico, transfusões de sangue, medicamentos e outros serviços aos pacientes com anemia falciforme.

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