
Celebrado nesta quinta-feira (31), o Dia do Orgasmo vai muito além do prazer: é uma chance de falar sobre saúde sexual, autoconhecimento e direitos que muita gente ainda prefere ignorar.
Mesmo sendo algo natural, o orgasmo ainda é cercado de tabus, principalmente quando se trata do corpo feminino. Muita gente transa, mas nem todo mundo goza. E isso não é só questão de técnica: envolve machismo, desinformação, vergonha de se tocar e até medo de dizer o que gosta. O resultado é que, enquanto muitos homens chegam ao clímax com facilidade, mulheres seguem ficando pra trás... ou fingindo.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em parceria com a farmacêutica FQM, três em cada dez homens acreditam que suas parceiras fingem não notar a ejaculação precoce. Ainda segundo o estudo, muitas mulheres evitam falar sobre o problema para preservar o relacionamento e evitar discussões.
Reforçando ainda mais a insatisfação feminina, dados divulgados pela Hibou, em 2023, mostram que 42% têm dificuldade em atingir o orgasmo, enquanto 79% já fingiram alcançar o ápice do prazer. Além disso, 29% afirmam que não se masturbam ou nunca se masturbaram, muitas vezes por vergonha ou por acharem o ato errado.
O orgasmo, além de prazeroso, traz benefícios reais para o corpo: alivia o estresse, melhora o humor, fortalece o sistema imunológico e até ajuda a dormir melhor. E o caminho para chegar lá começa fora da cama: no diálogo, no respeito e principalmente no autoconhecimento.
Neste Dia do Orgasmo, vale lembrar: sentir prazer não é pecado. É saúde. É autocuidado.