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Cenário preocupante - 15/06/2024, 06:45 - Silvânia Nascimento

Baixa no estoque de sangue deixa Hemoba 'fraquinha'

É preciso que as pessoas se conscientizem e doem sangue

Médica Rivânia Andrade, diretora de Hemoterapia
Médica Rivânia Andrade, diretora de Hemoterapia |  Foto: Denisse Salazar /AG. A TARDE

É comum vermos em noticiários, outdoor e anúncios, campanhas de mobilização e sensibilização à prática de doar sangue. Mas será que realmente sabemos a proporção do impacto que a falta de doadores pode causar em pacientes necessitados?

Ontem, 14 de Junho, data em que foi comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue, o MASSA! esteve na sede da Hemoba, em Salvador, e conversou com a médica Rivânia Andrade, diretora de Hemoterapia. Durante a entrevista, ela falou sobre os desafios que a Hemoba enfrenta nos períodos em que a quantidade de doações está em baixa e, dentre as piores adversidades, está o de ter que escolher quais pacientes receberão a doação.

Muitas pessoas não sabem, mas, de acordo com a médica, por vezes, a Hemoba - que atende as unidades médicas do Sistema Único de Saúde (SUS) - precisa fazer essa difícil escolha. "Nem sempre eu atendo 100% das demandas dos hospitais porque eu preciso ter uma segurança aqui [no estoque do Hemoba] para que, onde quer que aconteça alguma intercorrência maior, eu possa dar assistência. Realmente, às vezes, nem tudo que me solicita eu dou, porque se o estoque está crítico eu tenho que ter uma pequena reserva para uma emergência ainda maior", explicou Rivânia.

A diretora de Hemoterapia também ressaltou que, embora seja necessário, fazer essas escolhas é desafiador e muito difícil para os profissionais da Hemoba. "Não é uma situação agradável. Não gostamos de fazer esse papel, mas, infelizmente é a demanda, né? Então, se eu não tenho um estoque satisfatório, eu tenho que fazer uma restrição e entregar essa bolsa para quem mais precisa", completou a médica.

Sem sangue, sem vida

Talvez, de fato, não tenhamos tanta noção do quanto o sangue vale. Literalmente, sem ele não há vida. E essa é mais uma realidade que a médica fez questão de reforçar. "Sem o sangue eu não consigo fazer muita coisa em um serviço de saúde. Para as cirurgias de grande porte, transplantes em geral, tanto de órgão sólido quanto de medula, há necessidade de ter uma reserva de sangue. Assim como para pacientes que têm doenças onco-hematológicas, que tomam quimioterapia, também necessitam, além dos acidentes que ocorrem".

"A demanda que nós temos maior é do grupo O positivo e O negativo. Então, esses são os dois tipos sanguíneos que sempre, infelizmente, estão sempre com um estoque crítico", pontuou Rivânia.

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