
Os entregadores por aplicativo irão parar em Salvador neste fim de semana, 29 e 30 de março, em protesto pela falta de reajustes na quilometragem das entregas e a precarização da categoria. A paralisação na capital baiana acontece antes da parada nacional nos dias 31 de março e 1º de abril.
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De acordo com André Freire, vice-presidente da Associação dos Motoentregadores de Salvador, a remuneração oferecida atualmente não cobre os elevados custos com combustíveis e manutenção das motocicletas. Ele também critica as regras abusivas impostas pelos aplicativos, que prejudicam os trabalhadores, como as penalizações aplicadas a quem recusa pedidos.
A última vez que houve um reajuste nos valores foi em 2022, quando a tarifa por quilômetro subiu de R$ 1,00 para R$ 1,50, e a taxa mínima passou a ser R$ 6,50. Além dos desafios financeiros, os entregadores também relatam que as plataformas adotam práticas que dificultam a organização da categoria e impõem condições de trabalho desfavoráveis.
Durante a paralisação, os trabalhadores desligarão os aplicativos em protesto contra as políticas das empresas de delivery, como iFood, Uber Eats, 99Food e Rappi.
Entre as reivindicações da categoria estão:
- Aumento da taxa mínima de entrega para R$ 10,00;
- Reajuste do valor por quilômetro rodado para R$ 2,50;
- Limitação das rotas de bicicleta a um máximo de 3 km;
- Pagamento integral da taxa por entrega, sem redução nos pedidos agrupados.