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E agora?! - 15/05/2023, 14:09 - Bruno Dias

Fim do curso de comissário de voo? Saiba o que pode acontecer

Anac aprova término da obrigatoriedade de formação oficial para profissão

Cursos de comissários podem ser afetados com a mudança
Cursos de comissários podem ser afetados com a mudança |  Foto: Ilustrativa - Reprodução Internet

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) implementou uma lei, em fevereiro deste ano, que retirou a obrigatoriedade de ter alguma formação oficial para seguir a carreira de comissário de voo. Com isso, as escolas de aviação correm os riscos de perderem seus serviços prestados e até mesmo fecharem.

As escolas de aviação existem há anos e têm uma história estabelecida no mercado, formando profissionais qualificados para lidar com qualquer situação durante uma viagem de avião. A oficialização desta medida pode ser prejudicial tanto para as instituições de ensino, que perderão uma boa parte do seu valor, quanto para a área da aviação, que passará a aceitar trabalhadores sem o devido treinamento e conhecimento em relação aos assuntos da profissão.

Para um melhor entendimento do assunto, o Portal MASSA! entrou em contato com Lucas Nobre, CEO de uma das escolas de aviação localizadas em Salvador, a Falcon, que explicou como a lei estabelecida pela ANAC pode afetar significativamente a área.

"O fim da obrigatoriedade do curso é bastante prejudicial para o setor, principalmente para os profissionais que atuam como comissários e os que pretendem atuar no futuro. No meu entendimento, o curso de comissário de voo é uma obrigatoriedade devido à complexidade da profissão, devido ao fato de que os profissionais, em emergências, devem dominar certos conhecimentos que são muito específicos da profissão", detalhou Lucas.

O diretor acrescentou que algumas instituições que ministram as aulas para formar comissários de bordo podem ser prejudicadas com a abolição desta regra. "Existirá uma grande parte das escolas que continuará existindo, continuará administrando os cursos de comissários e uma parte das escolas pode ser que deixe de existir em decorrência do fim dessa obrigatoriedade. Na minha visão é prejudicial para o setor, é prejudicial para as escolas", afirmou.

Ao finalizar, Lucas ressaltou que a profissão de comissário se vê em uma posição de ameaça, pois a não obrigação de ter um contato anterior com a área pode ser um fator determinante para a falta de experiência no momento de exercer a função. "O comissário de voo hoje é uma carreira, é uma profissão. E a partir do momento que você tira a obrigatoriedade do curso e qualquer pessoa pode postular, você, de certa forma, prejudica a categoria como um todo. Então eu acredito que, do ponto de vista de longo prazo e de profissão, a profissão se coloca hoje de uma forma relativamente ameaçada em decorrência dessa decisão", concluiu o profissional.

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