Os locais mais procurados pelo soteropolitano no feriadão é a praia. Por isso, a Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar) vai reforçar a segurança nas praias, durante o feriado prolongado de Tiradentes, a partir de amanhã. O serviço conta com 30 agentes extras na atividade, supervisionando os trechos do Jardim de Alah à Ipitanga, as Ilhas de Maré e Ponta de Nossa Senhora.
Ao todo serão 253 agentes, atendendo à expectativa do crescimento no número de banhistas. A ação especial acontece na sexta-feira, sábado e domingo. De acordo com Kailani Dantas, coordenador da Salvamar, a Instituição vê o local da
praia como um ambiente democrático, e por isso merece uma atenção especial. “O outono é uma estação em que a gente tem uma oscilação de clima muito variante, entre chuva e sol, chuva e sol, ficamos com aquela configuração de mar com frente fria, portanto um mar perigoso, com mais corrente de retorno”, informa.
Além da proteção no mar, o objetivo da Salvamar também é educar os banhistas quanto aos perigos do mar e prevenção de sinistros. “Teremos uma quantidade maior de postos ativados para diminuir as ocorrências e evitar o óbito por afogamento. Nossos agentes estarão disponíveis para tirar dúvidas, fazendo com que as pessoas possam também ser orientadas e educadas”, revela Kailani.
Os locais não indicados para tomar banho nas praias são indicados com bandeiras. De alto, médio e baixo risco, nas cores vermelha, amarela e verde, respectivamente. Kailani alerta ainda que “é ideal evitar tomar banho perto de pedras, rochas, corais, ainda que somente para fazer fotos e selfies”. Ele revela que já existem muitas ocorrências de acidentes desse tipo, além dos ferimentos por ouriços-do-mar.
Apesar da indicação com bandeiras, os banhistas também devem prestar atenção nas correntes de retorno, que são as grandes vilãs do banho seguro. Em alguns locais da praia existem ondas se quebrando, e em outras partes não. Isso significa que aquela parte é uma área mais funda, e geralmente nessa parte é onde as correntes de retorno costumam ser mais acentuadas. “Locais levantando uma determinada quantidade de areia também são locais indicados como pontos que tem as correntes de retorno”, alerta o coordenador.
Em caso de afogamento longe de um posto salva-vidas, Kailani sobreavisa que o ideal é entregar a vítima qualquer material flutuante para que a pessoa se estabilize até a chegada de um profissional que vai realizar a retirada da água. “Uma tampa de um isopor, uma garrafa pet fechada com ar dentro, uma bola de futebol, ou algo que ele possa se apoiar e que não afunde, pode ajudar”, ressalta.
O cuidado com as crianças deve ser dobrado no ambiente da praia. Para Kailani, o local deve ser escolhido visando o bem da criança. Ele recomenda ainda que os pais e responsáveis mantenham os pequenos a distância de um braço e nunca perder o contato visual.
Kailani também adverte que em casos de afogamento, nunca é recomendado que uma pessoa sem treinamento entre no mar. Essa atitude pode provocar o afogamento de mais pessoas e dificultar o trabalho dos agentes de segurança. “A ideia realmente é pedir socorro, procurar o posto salva-vidas, sinalizar a ocorrência para que o agente de salvamento aquático entre no mar e faça a remoção daquela vítima que porventura esteja se afogando”, conclui.
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