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Denúncia - 04/11/2023, 10:01 - Da Redação - Atualizado em 04/11/2023, 10:15

Vítima de médico tarado detalha abuso: "Perguntou se eu me masturbava"

Elziro Gonçalves de Oliveira, 71 anos, foi denunciado por 15 mulheres

Casos teriam ocorrido no centro médico Casseb, em Brotas
Casos teriam ocorrido no centro médico Casseb, em Brotas |  Foto: Reprodução/Google Street View

Após explodirem as denúncias de violência sexual contra o ginecologista Elziro Gonçalves de Oliveira, 71, em Salvador, em junho deste ano, um novo relato chocante de uma vítima detalhou as ações do médico.

A mulher afirma que recebia questionamentos de cunho sexual, além de incentivos para não utilizar o roupão dos pacientes em atendimento. Ela chegou a dizer que o trauma até a deixou com receios de repetir o exame em outras oportunidades

"Ele me fez perguntas como se eu fazia sexo anal, se eu me masturbava. Abriu meu ânus, dizia que eu estava tensa, alisava minha perna. [...] Ele disse que não era necessário eu usar o roupão. "E eu disse para ele: mas por que não usar o roupão? Eu vou sair assim despida?". E ele dizia: "eu sou médico, eu fiz a cirurgia, não tem porque esconder nada", disse a vítima ao GloboNews.

Inconformada, a vítima de Elziro Oliveira ainda disse que segue sem realizar procedimentos médicos importantes. Ela diz que nem se interessou em buscar os resultado do exame que fez com o ginecologista denunciado.

"Eu saí revoltada, é de uma revolta extrema. Eu jurei que não ia mais voltar e não voltei. Não é à toa que se passaram dez anos para eu poder repetir o exame ginecológico, porque aquilo ali ficou na minha cabeça e eu não consegui mais voltar, eu não consegui fazer até hoje. Eu fui fazer o exame, não voltei na clínica nem para pegar o resultado, falta fazer ainda a transvaginal, a ultrassom mamária, eu ainda não consegui fazer".

Ao todo, 15 mulheres denunciaram o médico pelo mesmo crime. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) solicitou ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) a prorrogação do prazo para concluir o inquérito.

Os abusos teria acontecido no centro médico do plano Caixa Assistência dos Empregados do Baneb (Casseb), no bairro de Brotas, e também na clínica CAM, no Itaigara, entre os anos de 2019 e 2022.

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