O sepultamento do subtenente da Polícia Militar da Bahia, Antônio Paim, de 60 anos, ocorreu na manhã desta quinta-feira (25) no cemitério Bosque da Paz, em Salvador. A cerimônia foi marcada pela presença de muitos amigos, familiares e colegas de corporação, que prestaram suas últimas homenagens ao policial.
Veja o vídeo do momento em que o subtenente Antônio Paim é enterrado:
Paim, que atuava na 48ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), sofreu um atropelamento no dia 12 de julho enquanto trabalhava em uma blitz na Avenida Ulysses Guimarães, no bairro de Sussuarana. Após o acidente, ele foi internado e passou 12 dias em tratamento, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos, falecendo nesta quarta-feira (24).
Em entrevista ao Portal MASSA!, uma sobrinha do subtenente, que preferiu não se identificar, falou sobre o sentimento da família neste momento de dor, que está inconformada com a decisão da justiça em relação ao suspeito de atropelar e matar o policial em pleno exercício da profissão.
E o juiz que liberou esse assassino, porque ele não veio aqui no sepultamento liberar o meu tio daquele caixão? [...] A gente quer justiça, porque o inocente está preso, estamos deixando ele aqui no cemitério. Mas o culpado tá solto, tá com a família, come, bebe, dorme, passeia, acorda, respira... mas o meu tio não
Sobrinha de Antônio Paim
A familiar do policial comentou ainda sobre como o tio era uma pessoa querida e quais memórias ficam dele. "Ele era muito querido, era tio, pai, ele era o patriarca da família, era ele que estava sempre conosco ali. Vai ficar o legado que ele deixou, o amor que ele deixou, sempre alegre, sorridente, sempre nos manteve unidos. Ele morreu, mas morreu em paz, de bem com todo mundo", disse, emocionada.
Suspeito solto em audiência de custódia
Três dias depois do ocorrido, o homem que atropelou Paim, Bruno de Araújo Batista, recebeu a liberdade provisória, após audiência de custódia.
Na decisão, a juíza Marcela Moura França Pamponet justificou sua avaliação “em razão de não restar demonstrado perigo no estado de liberdade do flagranteado”.
“Entendo que ele tem a possibilidade de ser beneficiado com o instituto da liberdade provisória, conforme nova sistemática processual penal”, disse ela.