Três policiais militares suspeitos de matar Robson da Silva Santos, no último dia 7 de abril, no município de Pindobaçu, no norte da Bahia, foram presos na manhã desta quinta-feira durante a operação 'Sub Lege'. Os mandados de prisão temporária foram cumpridos nas cidades de Jacobina e Pindobaçu.
Além de mandar o trio para a cadeia, os agentes também realizaram buscas e apreensões nas casas dos PMs e na sede do 5º Pelotão de Pindobaçu. Nas buscas, foram apreendidas pistolas, revólver e espingarda, além de carregadores de arma, cartuchos e pacotes de maconha.
O material coletado será enviado para a conferência e análise pela Polícia Civil e, na sequência, levado para os órgãos responsáveis tomarem as devidas ações. Os três suspeitos serão transportados para a Coordenação de Custódia Provisória, que fica no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, e para o 12° Batalhão, em Camaçari.
Conclusão das investigações
Robson da Silva foi executado no dia 7 de abril e, de acordo com investigações, os policias não tiveram pena do homem, arrancando ele debaixo de uma cama e efetuando os disparos, mesmo sem ter tido nenhum sinal de resistência.
A execução com requintes de tortura foi realizada sem que o rapaz tivesse a chance de um julgamento justo. Segundo a análise dos médicos, Robson havia sido morto antes mesmo de chegar ao hospital. Os profissionais informaram que o corpo dele apresentava vários sinais de violência e tiros diretos.
No entanto, os policiais detidos contam uma história diferente. O capitão e mais dois soldados, afirmaram que a vítima em questão fez jogo duro contra a ação policial e por isso eles tiveram que tomar medidas mais pesadas. Eles também são investigados por tentar ludibriar a justiça com a história do acontecido.
Operação 'Sub Lege'
A operação foi deflagrada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Norte (Gaeco Norte); da Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio do Departamento do Interior (Depin) da Polícia Civil e da Força Correicional Especial Integrada (Force); e da Corregedoria-Geral da Polícia Militar (Correg). Atuaram pelo Depin as equipes das Coordenações de Apoio Técnico às Investigações (Catis) Nordeste, Norte, Centro-Norte e Chapada.