Temente a Deus, trabalhador e pai de uma menina. Assim era conhecido Cleyton Pereira Santos, de 30 anos, entre os moradores do bairro de Periperi, no subúrbio Ferroviário de Salvador. O jovem, que era motorista de aplicativo na Uber, foi assassinado com um tiro na cabeça na noite de terça-feira (28), no IAPI.
Quem era Cleyton?
De família evangélica e formado em administração, Cleyton Pereira cresceu escutando as boas novas do evangelho e desde cedo começou a trabalhar na empresa dos pais, uma casa de material de construção. No estabelecimento, ele era vendedor e auxiliava o pai no gerenciamento dos negócios.
Com a voz embargada, uma amiga da família descreveu com exclusividade para o Portal MASSA! quem era Cleyton, o quanto o motorista de aplicativo era querido por todos e lamentou que a criminalidade, mais uma vez, destrói o sonho de um jovem promissor.
"Cleyton era um jovem trabalhador. Sua vida se resumia a trabalhar e cuidar da família, pois ele tinha uma filha, de aproximadamente 13 anos. Ele não possuía vícios e era um jovem exemplar", iniciou a fonte, abalada com a notícia do assassinato.
"Ele evitava rodar Uber até tarde devido à insegurança que permeia Salvador. Amigos, vizinhos e familiares vão lembrar dele como um jovem alegre, trabalhador e dedicado à família. Ele foi mais uma vítima da criminalidade e [me] pergunto: 'Até quando vamos perder jovens inocentes e trabalhadores?'", completou, pontuando que Cleyton deixa uma filha, uma namorada, seus pais e uma irmã.
Polícia investiga o caso
A polícia informou que o carro que Cleyton Pereira dirigia foi recolhido e passará por perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT). O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ainda não há informações sobre a autoria do crime.
Uber confirma que Cleyton não estava trabalhando
A Uber lamenta profundamente que cidadãos sejam vítimas da violência urbana que permeia nossa sociedade. Apesar da empresa ser mencionada na matéria do Portal Massa/A Tarde, ao que tudo indica, pelas informações apresentadas, o caso não teria ocorrido durante viagem com a plataforma.
Cleyton Pereira Santos era cadastrado para atuar como motorista parceiro, mas sua última viagem feita por meio do aplicativo da Uber foi concluída normalmente. De qualquer forma, a empresa permanece à disposição dos órgãos de segurança para colaborar com as investigações, na forma da lei.