Custodiado no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), um dos suspeitos de participar do arrastão que resultou na morte do soldado da Polícia Militar da Bahia, Arnaldo de Oliveira, na noite desta segunda-feira (27), no bairro de Paripe, foi forçado a se entregar às autoridades.
O fato foi confirmado pelo delegado titular da 3ª Delegacia de Homicídios, Ademar Tanner, durante entrevista coletiva nesta manhã de quarta-feira (29). Segundo ele, o indivíduo identificado como Luís Matheus dos Santos, vulgo 'Matcheca', foi entregue ao DHPP pela própria família.
A família trouxe ele à força. Ele estava reclamando que não queria ir e pretendia fugir
Ademar Tanner, titular da 3ª Delegacia de Homicídios
“A família trouxe ele à força. Ele estava reclamando que não queria ir e pretendia fugir. Ele foi alvejado de raspão nas costas e a família o apresentou para fazermos o flagrante”. afirmou.
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Segundo relatado pela família do indivíduo, quando ele retornou para casa pouco tempo depois do crime, ele confessou o assassinato e afirmou que iria fugir. "A família já estava muito amedrontada, por conta de toda a situação e pelo próprio tráfico de drogas da localidade onde eles residem. Após isso, tomaram a decisão de levá-lo contra a vontade dele", disse Fernanda Asfora, delegada do DHPP.
Ainda de acordo com as autoridades, 'Matcheka' entregou os outros dois comparsas que estavam com ele no momento do assassinato do PM. Informações apuradas pelo Portal MASSA! indicam que os elementos são da facção Bonde do Maluco (BDM) e foram identificados apenas pelos vulgos 'Arraia' e '30'. Os nomes não foram revelados, pois o suspeito alegou não saber.
Noite de terror em Paripe
O crime foi cometido na segunda-feira (27), quando o soldado Oliveira morreu após tentar evitar um 'arrastão' que acontecia na Rua da Bélgica, no bairro de Paripe. O policial, que era lotado no Quartel do Comando-Geral (QCG), estava passando em uma motocicleta pela rua quando foi abordado por homens. O soldado reagiu à ação e foi atingido no peito por disparos de arma de fogo
Sobre o fato do policial militar não estar a serviço da corporação no momento do crime. O delegado informou que mesmo não estando de serviço o agente continua sendo policial. “Ele como um bom servidor que era, valoroso, percebeu a ação criminosa e vendo a arma na mão, segundo o flagranteado do comparsa dele, tentou abordar passando de moto e foi alvejado pelo comparsa do que hora foi flagranteado”.
Em relação aos próximos passos da investigação, o delegado informou que pretende concluir o aprofundamento da qualificação e localização dos outros dois envolvidos, com o objetivo de efetuar as prisões.