Um Policial Militar disparou contra um bebê de um ano com um simulacro airsoft, na terça-feira (26), em São Paulo. A arma de pressão utiliza munição plástica e não faz parte dos equipamentos da PM.
No momento do ocorrido, a bebê estava passeando de moto com o pai. Ela precisou de uma intervenção cirúrgica para retirar o projétil do rosto, levou pontos e ficou internada num hospital.
Transportar um menor de dez anos é considerada infração gravíssima no Código Nacional de Trânsito (CNT), mas os policiais não fizeram nenhum tipo de abordagem antes de atirar no rosto da criança. A punição máxima para esse tipo de ocorrência é a perda do direito de dirigir, além de multa e retenção do veículo.
"Não houve abordagem policial, nenhum tipo de registro, nenhum tipo de comunicação", afirmou o delegado Gregory Goes Siqueira. Ele diz que o agente autor do disparo responderá criminalmente por tentativa de homicídio.
A bala do simulacro foi encaminhada à Polícia Técnico-Científica para passar por perícia. A família da vítima prestou queixa e aguarda apurações do caso. A Corregedoria da PM também investiga o episódio e a conduta dos dois PMs envolvidos, que já foram afastados preventivamente.