Um professor da rede municipal de ensino foi preso em flagrante, nesta segunda-feira (9), durante uma operação do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), por suspeita de armazenar mais de 700 arquivos com imagens de abuso sexual infantil. O material inclui registros de extrema violência, como estupros de bebês e crianças. A prisão aconteceu no município de Pilão Arcado, no norte do estado, como parte da Operação Idun.
A ação foi coordenada pela 2ª Promotoria de Justiça de Casa Nova e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Norte (Gaeco Norte), com apoio do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca) e da Central de Assessoramento Técnico Interdisciplinar (Cati). Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências do suspeito em Pilão Arcado e Casa Nova.
Durante a operação, foram apreendidos computadores, mídias digitais e documentos que passarão por perícia. De acordo com o MP, os arquivos estavam armazenados em uma conta de nuvem digital do investigado, cuja identidade não foi divulgada. A medida teve como objetivo interromper a prática criminosa, preservar provas e contribuir para a identificação de possíveis vítimas.
Este é o terceiro caso envolvendo professores da rede pública na Bahia investigados por crimes relacionados à pornografia infantil nos últimos dois anos. Em Feira de Santana, um professor foi preso em flagrante no dia 21 de maio deste ano após confessar ter armazenado e produzido material semelhante. Já em julho de 2024, em Alagoinhas, outro educador foi flagrado com conteúdo de abuso sexual infantil em seu celular e também foi autuado em flagrante após denúncias.
A reportagem entrou em contato por e-mail com a Prefeitura de Pilão Arcado, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Quanto ao município de Casa Nova, foram localizados apenas números telefônicos, sem sucesso nas tentativas de contato.
O MP reforça que denúncias de crimes contra crianças e adolescentes podem ser feitas pelo Disque 100, pelo Disque 127 do Ministério Público, nas Promotorias de Justiça ou pelo site atendimento.mpba.mp.br. A orientação às famílias é que fiquem atentas a mudanças de comportamento, sinais de sofrimento ou isolamento nas crianças, inclusive no ambiente virtual. “Se você repara, deve ajudar a parar. Proteja! Denuncie!”, alertou o MP.
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