Fernando Aparecido da Silva é julgado junto com Joel Miranda sob acusação do assassinato de Lucas Terra. Levado a interrogatório nesta quinta-feira (27), terceiro dia do julgamento, em determinado momento, ele não se ateve às perguntas e fez um desabafo.
"Jamais teria feito isso. Agora sou acusado até de pedofilia. Não posso postar uma foto com a família nas redes sociais que já dizem: olha eles se divertindo", reclamou.
Num outro momento da narrativa do drama pessoal, o pastor da Igreja Universal hoje lotado no Rio de Janeiro, disse que o promotor Davi Gallo "já o julgou há muito tempo nas redes sociais". E diretamente ao promotor afirmou: "o senhor concede muitas entrevistas".
O líder da denúncia nem contou conversa. O Gallo bradou forte. "Não só o julguei como ainda julgo. E hoje vou pedir a sua condenação com todas as provas que tenho em mãos e a benção de Deus".
Embora reclame ser alvo de haters na Internet, Fernando disse "entender a dor da família, mas que agora estão querendo fazer o mesmo com ele".
Lucas Terra foi brutalmente assassinado em março de 2001. Nos autos consta que ele foi amarrado, espancado, sufocado e queimado vivo. O corpo dele foi deixado num terreno baldio na Avenida Vasco da Gama, em Salvador.
Vale ressaltar que Fernando Aparecido da Silva foi arrolado como testemunha da Defesa de Silvio Galiza em 2008. Na ocasião Galiza, o terceiro acusado da morte de Lucas, foi condenado a 18 anos de prisão. Em 2018, o ex-pastor auxiliar da Igreja Universal recebeu a progressão da pena para o regime aberto.
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