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Por engano - 11/03/2025, 07:39 - Andrêzza Moura / Portal A Tarde - Atualizado em 11/03/2025, 07:52

Policial civil morreu no lugar de traficante que deu calote em facção criminosa

Investigador Marcus Vinicius Peixoto Carrete recebeu vários tiros em Stella Maris

O policial Marcus Vinícius era carioca e estava na Polícia Civil da Bahia desde abril de 2024
O policial Marcus Vinícius era carioca e estava na Polícia Civil da Bahia desde abril de 2024 |  Foto: Divulgação / Polícia Civil

O policial civil Marcus Vinicius Peixoto Carrete, de 41 anos, morto na noite de sábado (8), no bairro de Stella Maris, em Salvador, não era o alvo dos atiradores. Segundo uma fonte policial, a intenção dos criminosos era executar um traficante identificado como Melqui, que estaria em dívida com uma facção criminosa.

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O investigador foi confundido com o homem procurado e acabou sendo alvejado com ao menos seis tiros na Alameda da Praia de Guaratuba. "É pombo sujo [alvo], que pega droga com BDM e está devendo... E aí eles [atiradores] acharam que [o polical] era o cara e não era. Ele [atirador] já desceu matando o policial achando que era o traficante que estava devendo droga a eles", contou o agente.

Um dos homens responsáveis pelo crime foi identificado como Mário Esteves de Jesus. Ele e outro suspeito morreram em confronto com policiais civis, na madrugada de domingo (9) no condomínio Petromar, em Stella Maris, e em Vida Nova, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana (RMS), respectivamente, após resistirem a voz de prisão.

Outras prisões

No mesmo dia, a motorista do aplicativo Taís de Jesus Santana foi presa suspeita de levar os criminosos até o local e depois ajudar na fuga deles. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a mulher já foi ouvida e, até essa segunda-feira (10) seguia custodiada.

Um quarto envolvido no homicídio é procurado pela polícia. A informação de que o alvo dos criminosos estava em Stella Maris foi compartilhada via aplicativo de conversa. As mensagens foram encontradas nos celulares dos criminosos mortos e confirmadas pela mulher, durante depoimento, conforme revelado a fonte policial.

Ainda em conversa com o Grupo A Tarde, a fonte conta que esta não foi a primeira vez que tentaram matar Melqui. Em 17 de janeiro último, ele e um argentino foram raptados por criminosos, quando estavam em um estabelecimento comercial, na localidade Manguezal, em Itacimirim, em Camaçari (RMS). Na ocasião, a dupla foi levada pelos suspeitos, roubados e torturados. Eles foram resgatados por policiais militares da 59ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Vila de Abrantes), após denúncia de populares.

"Daquela vez que rolou esse sequestro, entre aspas, que não foi sequestro, porque os caras não iam pedir nada de dinheiro, nada em troca, não. Os caras iam matá-los, que o cara está devendo a droga. O cara continuou devendo a droga e o policial civil parece muito com ele", explicou. Na época deste fato, além de serem agredidos, os homens foram obrigados a transferir para contas diversas, via pix, o valor de aproximadamente R$ 100 mil.

A fonte não soube informar se a ação contra o policial Marcus Vinicius foi praticada pelos mesmos crimosos que sequestraram Melqui e o amigo argentino, em janeiro.

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