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Janeiro e fevereiro - 06/03/2024, 16:30 - Cássio Moreira

Polícia tira chefes de facções de cena e mortes violentas diminuem

Dados do balanço foram apresentados nesta quarta-feira (6) pela SSP

Subsecretário de Segurança Pública mostra dados dos dois primeiros meses do ano
Subsecretário de Segurança Pública mostra dados dos dois primeiros meses do ano |  Foto: Rafaela Araujo / Ag. A TARDE

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia apresentou, nesta quarta-feira (6), os dados da pasta em janeiro e fevereiro deste ano. Entre os destaques, está a 'limpa' nos chefões das principais facções que atuam no estado. A queda de mortes violentas no período, se comparada com os dois primeiros meses de 2023, também foi citada.

Ao todo, 18 cabeças de facções na Bahia foram localizados entre janeiro e fevereiro. Presente na coletiva, o subsecretário estadual de Segurança Pública, Marcel Oliveira, deu a ideia sobre o modus operandi das organizações criminosas que, segundo ele, adotam a postura de exibir força para inibir o avanço dos rivais.

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São essas lideranças, onde quer que elas estejam, na rua ou no sistema, que conseguem movimentar soldados do crime na rua para causar o terror na sociedade

"São essas lideranças, onde quer que elas estejam, na rua ou no sistema, que conseguem movimentar soldados do crime na rua para causar o terror na sociedade. [...] Dez aqui na capital e Região Metropolitana e oito no interior", detalhou Marcel, que continuou.

"As facções têm essa conduta de demonstrar força através da própria veiculação de imagens de eventos. Ela visa tentar dissuadir as outras facções de que tentem tomar seu território. É mais uma mensagem entre elas do que para nós", afirmou o subsecretário, em conversa com a imprensa logo após a apresentação dos números.

Queda nas mortes violentas

No mesmo período, a Bahia apresentou uma redução de 14,3% no número de mortes violentas, comparando com janeiro e fevereiro do ano anterior. Nos dois primeiros meses de 2023, o estado teve 867 mortes do tipo, enquanto teve 743 no mesmo recorte em 2024.

Desses números, 715 são enquadrados como homicídios, 109 casos a menos (824) se comparado com 2023 (janeiro e fevereiro). Os crimes de feminicídio também tiveram queda, com dez casos registrados nos dois primeiros meses, contra 13 em 2023. Foram registrados seis casos de lesão corporal, contra 13 no primeiro bimestre de 2023, e 12 latrocínios, como são chamados os roubos seguidos de morte. No recorte de janeiro e fevereiro de 2023 foram 17.

"É uma missão de todos que estão sentados aqui na mesa tem no seu holding atribuições para fazer da Bahia um dos melhores lugares para se viver no Brasil. Aquele número de 14,3% engloba todos os tipos de crime, disseca para uma melhor 'estatificação'. A gente enxerga que todos os subitens reduziram. [...] A gente continua com todo o empenho sabendo que, por exemplo, quando a gente trata de um feminicídio, enquanto tiver uma mulher vitimada na Bahia pelo simples fato de ser mulher, ninguém aqui vai descansar", disparou Marcel, que ainda exaltou o trampo das forças policiais no combate ao crime.

"Devemos efetivamente reconhecer o trabalho das forças policiais que diuturnamente, quando parte da sociedade está dormindo, ela está lá rodando e buscando as pessoas que estão com esses equipamentos de guerra, que não servem para nenhuma outra coisa na mão de pessoas que não sejam policiais que não seja para fazer o mal", concluiu.

Ainda de acordo com os dados apresentados pela SSP na coletiva, foram efetuadas 3.000 prisões em todo o estado, 908 armas foram apreendidas, 363 kg de drogas abocanhada e 149 'fujões' pegos no pulo pela tecnologia do reconhecimento facial. Além disso, a Bahia não registrou roubos a bancos nos dois primeiros meses do ano.

Delegada da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito exaltou os números e reforçou a importância do 'corre' realizado de forma integrada.

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Os números falam por si

Delegada Heloísa Brito

"Os números são positivos, demonstrando o trabalho dessa equipe. É um trabalho galgado na integração, no investimento do governo do Estado. Os números falam por si. Este mês de fevereiro é extremamente complexo, nós tivemos 15 dias de lavagens e Carnaval, e mesmo assim apresentamos um aumento substancial das prisões, apreensões de armas, desmantelamos quatro laboratórios de drogas. [...] Isso é fruto do trabalho das forças policiais, de uma dedicação", pontuou.

O mesmo discurso foi utilizado pela diretora do Departamento Técnico de Polícia (DPT), Ana Cecília, ao repercutir os números apresentados no balanço. "Foi um trabalho muito exitoso. Estamos trabalhando de forma integrada e todos os resultados que são apresentados, eles vêm para a Polícia Técnica, nosso trabalho é produzir a prova material, é conhecer essas provas para os inquérito policiais".

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho, confirmou a formação de novos policiais, em curso que deve terminar em outubro deste ano, agregando cerca de 1650 agentes para a Bahia. "Temos um aprimoramento contínuo na questão do nosso perfil. Neste mês iniciamos uma formação que deverá estar sendo conclusa em outubro. Teremos um valor agregado de mais ou menos 1.650 policiais militares ainda no segundo semestre", afirmou.

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