Proprietário de um restaurante na Avenida Joana Angélica, no bairro de Nazaré, o comerciante Carlos Maia, de 62 anos, mantém uma rotina tão precisa quando um relógio. Entre 7h30 e 8h abre as portas do ‘Touro e Galo’ para dar início a mais um dia de trabalho. O riscado permanente foi interrompido de forma abrupta neste sábado (12), quando antes da 8h ele foi sequestrado por quatro homens armados.
Antes das 8h os funcionários do restaurante já haviam sido alertados do pior. Um deles, identificado pelo prenome Geraldo, relatou à reportagem do Portal Massa! que “uma das funcionárias foi avisada”. Com a voz trêmula e embargada, contou ainda que, na sequência da notícia, a polícia foi acionada. “O que sabemos é que estão acompanhando tudo. Viram as câmeras de segurança. A última localização de ‘Seu Carlos’ foi às 11h em Valéria.”
E foi no bairro de Valéria que o resgate aconteceu, já no período da tarde. De acordo com a Polícia Civil, equipes do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) localizaram os quatro sequestradores após as ações de inteligência identificarem o endereço onde o comerciante era mantido em cárcere.
Segundo testemunhas, ‘Seu Carlos’ foi levado em carro que o interceptou em uma via próxima à Rua do Paraíso, no Centro de Salvador. A ação foi testemunhada por moradores, vendedores ambulantes e transeuntes. Os homens estariam fortemente armados.
Não à toa, os criminosos não aceitaram rendição e abriram fogo contra as guarnições da PC, com apoio de policiais militares da Rondesp, PETO e da 31ª CIPM. No revide, foram atingidos e não resistiram aos ferimentos. A vítima foi resgatada sem ferimentos. O Grupamento Aéreo da Polícia Militar (GRAER) participou da operação de resgate.
A identificação dos suspeitos não foi revelada, assim como as exigências dos criminosos para a vítima ou familiares. Outro funcionário do restaurante, que preferiu não se identificar, disse que nenhum dos criminosos havia entrado em contato com familiares ou ligado para o telefone fixo do restaurante para fazer exigências. O caso segue investigado pela Polícia Civil.
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