O médico Antônio Mangabeira, suspeito de abusar sexualmente de 29 pacientes, começou a ser interrogado pela Polícia Civil de Itabuna, no sul da Bahia, nesta quinta-feira (8). O processo de interrogatório pode se estender por várias semanas, de acordo com o advogado Leandro Rochedo, que representa o acusado. Mangabeira deverá prestar depoimento individualmente para cada uma das acusações.
As investigações ganharam força depois que uma agente de saúde denunciou ter sido abusada sexualmente durante uma consulta na clínica Oconsul, onde Mangabeira trabalhava. O caso foi registrado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Itabuna, em 9 de julho. A partir desse episódio, outras mulheres vieram a público com relatos semelhantes, ampliando o número de denúncias contra o médico.
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Na segunda-feira (5), a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na Oconsul, onde os supostos abusos teriam ocorrido. O material apreendido na clínica está sendo analisado e pode servir como prova nos processos.
Apesar da gravidade das acusações, Mangabeira nega todos os crimes e está respondendo em liberdade. Antes da denúncia que desencadeou as investigações em massa, o médico já enfrentava outras três acusações de importunação sexual.