Um soldado da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) acusado de atirar contra um dos sócios de uma oficina mecânica recebeu, no último dia 26 de setembro, passe livre da Justiça baiana. O crime ocorreu no ano de 2019. À época, a vítima tinha 55 anos de idade e sobreviveu ao ataque por arma de fogo.
Com os tiros, o homem teve lesões no lado esquerdo do tórax e na perna. No mesmo dia do crime, o agente abandonou o próprio posto de trabalho, atitude que o fez virar alvo de ação militar. Ainda assim, a pena prevista para o delito no código militar é de detenção de cerca de três meses a um ano, com precisão de quatro anos.
No geral, a 1ª Vara de Auditoria Militar de Salvador argumentou na extinção de punibilidade que a denúncia no Ministério Público contra o PM foi recebida em fevereiro de 2023, quatro anos depois do crime. Como resultado, se tornou impossível impor uma pena para o infrator.
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Conforme apontado pela denúncia, o policial deixou o posto de serviço sem autorização de um superior por volta das 14h do dia 11 de fevereiro de 2019. Na oportunidade, ele informou a um colega que estava de saída, porém não revelou o destino. Ao chegar na oficina mecânica onde estava o sócio, o acusado abriu fogo por causa de insatisfação com a compra de um radiador.
Acima de tudo, o policial militar foi absolvido do crime depois de apresentar um laudo de insanidade mental. Conforme relatado pela Justiça, ele estava "completamente insano" no momento em que cometeu o crime.