Acusado de matar Alberto dos Santos Pereira, de 20 anos, o cabo Edmilson Bispo da Silva, da Polícia Militar (PM), vai ser julgado em júri popular. Ele vai responder por homicídio qualificado, com motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido. Além disso, foi denunciado por furto, já que o celular do jovem teria sumido do local.
A decisão foi assinada na segunda-feira (6), pelo juiz Armando Duarte Mesquita Júnior. O crime ocorreu no dia 20 de julho de 2023, na zona rural da cidade de Queimadas, situada a 300 km de Salvador. Ainda não há uma data para que o júri popular ocorra, mas a prisão preventiva do cabo foi mantida.
“Destarte, restam demonstrados suficientemente que os indícios da autoria do crime recaem sobre o denunciado, especialmente porque não há nenhum elemento de cognição que afaste por completo a versão acusatória. As provas produzidas revelaram-se coesas, seguras e convergentes, formando, portanto, um conjunto probatório unitário e coerente, indicando que o acusado teria, supostamente, praticado as infrações que lhe são imputada”, disse o magistrado no documento.
O policial foi preso em uma operação menos de dois meses após o homicídio, em setembro do ano passado, que ele nega ser o autor. Segundo as investigações, o motivo do crime seria desentendimento entre vítima e suspeito nos festejos de Queimadas.
Principal testemunha, o irmão de Alberto estava presente no momento da ação e alegou ter visto Edmilson saltar de um veículo e disparar diversas vezes contra a vítima.