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Absurdo - 31/05/2025, 09:38 - Da Redação - Atualizado em 31/05/2025, 11:39

PM é suspeito de estuprar a filha, de 11 anos, e põe culpa na criança

Coronel afirma ter sido vítima de um golpe

Homem admitiu diversos abusos contra a filha
Homem admitiu diversos abusos contra a filha |  Foto: Reprodução / Metrópoles

O coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo, Luiz Enrique de Souza, de 54 anos, admitiu ter estuprado e cometido vários abusos contra a filha adotiva, em 2011, quando a menina tinha 11 anos. Os crimes aconteceram em Limeira, no interior do estado.

A gravação de mais de duas horas foi publicada pelo Portal Metrópoles e ocorreu em 2017, na cozinha da casa em que moravam, um dia antes da morte da esposa do PM, mãe da menina. Sem saber que estava sendo gravado, o homem queria que a filha, já com 16 anos, admitisse que teria contado para a mãe, que na época estava debilitada por causa de um câncer, dos abusos que teria sofrido por parte dele.

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Durante a conversa, o coronel acabou admitindo dois estupros, em situações diferentes, e nos dois casos ele culpa a filha pelos crimes.

“Eu tinha bebido muito. Você me aparece na lavanderia, no meio do que aconteceu, e curiosa de saber como é que eram as coisas. Então, eu estava suscetível ao que aconteceu. Deixei rolar. Então, como eu falei, eu não me eximo de culpa. Só que, nessa história, a culpa não é só minha. Nunca foi. Tudo bem, você tinha 11 anos de idade, ia fazer 11. Então a sua culpa não é tão grande, porque você estava curiosa”.

Em outro momento, sem mencionar a idade da menina, ele confessa que deixou a menina manusear seu pênis e volta a culpar a menina pelo ocorrido. “Aí você parava. Ficava um tempinho sem eu fazer nada. Aí você mexia de novo no meu pênis, ele voltava a ficar duro, e você começava de novo. Aí eu: ‘Para, senão vou gozar de novo’. Aí você parava, deixava de novo, dava um tempinho, pegava de novo. Lembra? Se você não quisesse que o negócio continuasse, você simplesmente faria o quê? Deixava eu gozar”, afirma o PM.

Luiz Enrique ainda fala sobre outro episódio de abuso. “Eu peguei, puxei a parte da bermuda um pouquinho para baixo e deixei meu pênis sair para fora aqui em cima. No instante que meu pênis foi para fora, você levou os seus dois pezinhos […] para a parte de cima aqui. Isso aqui na hora fez assim. Eu falei: ‘Acho que ela tá acordada. Só pode tá acordada. Não é possível o negócio estar acontecendo desse jeito’. Aí eu peguei e pensei o quê? A bosta do hormônio”.

“Estou falando para você, a bosta do hormônio é o que faz a gente fazer cagada. Eu peguei meu pênis e coloquei um pouquinho para frente. Advinha o que aconteceu? Os seus pezinhos… Aqui meu pênis, aqui seus pezinhos. Eu coloquei para cá. Seus pezinhos fizeram assim, ó. Pararam de fazer assim e começaram a fazer assim” seguiu contando e provavelmente reproduzindo os gestos. “Às vezes você é sonâmbula e não sabe”, acrescentou o homem.

Ainda segundo o Metrópoles, o caso passou a ser investigado em junho de 2020 pela da Delegacia de Defesa da Mulher de Limeira, em um inquérito que durou quase cinco anos. Em janeiro, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou denúncia contra Ikeda por estupro de vulnerável. Em fevereiro, a denúncia foi aceita pela Justiça, e o coronel se tornou réu. A reportagem teve acesso ao processo, que corre em segredo.

Em um depoimento em novembro do ano passado, Luiz Enrique diz ter sido vítima de um golpe. ““Não posso (dizer) que não aconteceu porque aconteceu. Só que eu falo que eu caí, vamos dizer assim, num golpe”, declarou. “E por que que eu falo isso? Como eu estava no pé dela por conta dos namorados, seria uma carta que ela teria na mão para usar contra mim”, se referindo à gravação.

"Atualmente ele responde a um processo administrativo, podendo ser excluído da Instituição”, disse a SSP em nota enviada ao Metrópoles, em janeiro.

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