
Um dos casos que chocaram o Brasil nesta semana, o suposto envenenamento de uma família com um ovo de Páscoa, no Maranhão, teve detalhes sórdidos revelados. De acordo com as investigações, a principal suspeita do crime, Jordélia Pereira Barbosa, arquitetou um plano sombrio para cometer o mal.
Leia Também:
A 'desalmada' viajou por mais de 6 horas para chegar até a cidade em que as vítimas moram. No dia do crime, ela se passou por uma mulher trans para não apresentar os documentos originais no hotel em que ficou hospedada, alegando que ainda não tinha atualizado para o nome feminino, e até criou uma falsa degustação de trufas em um local próximo ao trabalho de um dos alvos dela.
De acordo com a Polícia Civil, Jordélia Pereira se apresentou como Gabrielle Barcelli e disse que trabalhava na área da gastronomia. A suspeita armou tudo com tanta frieza que até criou bilhetes de falsos clientes avaliando os chocolates dela.
O crime

Durante a tarde do mesmo dia, a mulher usou uma peruca preta e óculos escuros para comprar o ovo da Páscoa usado no crime. Ela entrou em uma loja de chocolates disfarçada e pediu para um motoboy fazer a entrega do ‘presente’ maligno. O ovo chegou às mãos das vítimas na noite da última quarta-feira (16). Ela admite ter enviado o doce, mas nega ter envenenado o produto.

Jordélia é ex-namorada do atual companheiro de Mirian Lira, e teria sido motivada por ciúmes e vingança por não aceitar o término da relação. Os dois filhos da vítima, frutos de um antigo relacionamento dela, também comeram o ovo de Páscoa.
O pequeno Luís Fernando, de 7 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu. Já Mirian Lira Rocha, de 38 anos, e sua filha, Evely Fernanda, de 13 anos, seguem internadas em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A suspeita do crime foi presa nesta quinta-feira (17) enquanto tentava fugir da cidade. Ela continua detida. O caso está sendo investigado.