Uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 6, investiga a suspeita de superfaturamento na execução de contrato com duas empresas para serviços de recarga de oxigênio, insumos hospitalares e farmacêuticos ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y).
A investigação identificou a aquisição de cerca de 4,5 mil recargas de três tamanhos de cilindros de oxigênio ao longo de 2022. Todo este material deveria ter sido distribuído para comunidades Yanomami a partir do polo de atendimento em Surucucu. No entanto, apenas 10% teriam de fato chegado aos indígenas, segundo a PF e o Ministério Público Federal.
Conforme a PF, a investigação foi iniciada a partir de uma denúncia recebida pelo MPF. Diz trecho da nota: “Há indícios de direcionamento do resultado do certame, bem como atesto de notas fiscais fraudulentas. De acordo com as investigações, a suspeita é de que 89,89% do valor pago pelos oxigênios à empresa vencedora não tenha sido entregue ao órgão indigenista.”
Deflagrada em Boa Vista (RR), a operação Hipóxia cumpre 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal e Roraima, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF).