A ex-deputada Flordelis dos Santos foi condenada pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Juri de Niterói à pena de 50 anos e 28 dias de prisão pela morte do pastor Anderson do Carmo. Mesmo sendo réu primária, a sentença considerou "culpabilidade acentuada" dela em "verdadeira e bárbara execução, caracterizando uma demonstração explícita de ódio".
Na decisão é ressaltado ainda que a pastora tinha consciência de que estava cometendo um crime e mesmo assim não se intimidou com a prática, tendo "audácia extremamente reprovável, planejando execução brutal e fria" da vítima. O texto lembra ainda que o laudo no corpo de Anderson verificou 30 perfurações, resultadas de disparos concentrados em regiões vitais como crânio, tórax e abdome, enquanto a vítima dormia, na mesma casa de seus filhos, evidenciando ainda mais a "frieza e menosprezo" de Flordelis pela vida humana.
A juíza de Direito Nearis Carvalho Arce destacou também as consequências do delito, "desastrosas e demasiadamente graves", como os danos psicológicos causados a toda família.