Com mais de 30 agentes, uma grande operação policial no bairro do Arenoso, em Salvador, terminou com a prisão em flagrante de um suspeito de armazenar e compartilhar imagens pornográficas de crianças e adolescentes. De acordo com informações da delegada Simone Moutinho, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e ao Adolescente (Dercca), o homem também pagava por pornografia infanto-juvenil e tinha uma grande quantidade destes conteúdos criminosos em casa.
"Fizemos todo o trabalho de inteligência e hoje fomos cumprir o mandado de busca e apreensão. Chegando ao local, foi constatada a veracidade, principalmente no celular, tanto na galeria quanto no Telegram. Havia farto material de cenas de sexo e nudez envolvendo crianças e adolescentes, inclusive bebês", contou a delegada em entrevista à imprensa.
O homem, que tem cerca de 30 anos, tentou negar o crime à polícia durante a prisão. Mesmo com os policiais encontrando muito material pornográfico salvo no celular e computador dele, o suspeito afirmou que apenas "entrava de forma aleatória na internet", querendo se safar da culpa.
Apesar da prisão em flagrante, o pedófilo do Arenoso ainda aguarda que a Justiça bata o martelo sobre a sua punição. "Ele foi preso em flagrante e agora está à disposição da Justiça para ser apresentado em audiência de custódia", explicou Simone Moutinho.
Delegada explica a razão da grande operação
A operação para prender o suspeito de comprar, armazenar e compartilhar pornografia infanto-juvenil no Arenoso reuniu mais de 30 policiais e o número chamou atenção. Ao ser questionada sobre a razão da escolha de envolver tantos agentes para o caso, a delegada titular da Dercca explicou detalhes da ação.
"Pela prioridade que se dá a crianças e adolescentes, mas porque neste momento, crianças estão sendo traficadas, crianças estão sendo sequestradas, crianças estão sendo estupradas para abastecer esse tipo de mercado, e a população deve, tem que rechaçar esse tipo de conduta", disse.
A ação deflagrada pelo Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV), por meio da Dercca, foi fruto de uma denúncia realizada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), no Disque 100.