Um pastor evangélico de 41 anos foi preso acusado de violação sexual mediante fraude e extorsão no Distrito Federal. As investigações conduzidas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelaram que o líder religioso utilizava sua posição de influência para abusar sexualmente de fiéis e extorqui-los financeiramente, prometendo a "quebra de maldições".
Conhecido na igreja pelo suposto dom da revelação, o pastor manipulava os membros da congregação, fazendo-os acreditar que seus familiares estavam em perigo de morte ou poderiam sofrer graves danos. Um dos casos investigados pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) detalha como o pastor abordou um fiel, afirmando ter tido uma visão em que a esposa do homem iria morrer. Para "quebrar a maldição", o pastor exigiu que sete "unções" fossem realizadas nas partes íntimas da mulher, o que resultou em abuso sexual.
As investigações também apontam a participação de uma pastora de 58 anos, suspeita de ser cúmplice nos atos do líder religioso. Uma outra pastora, de Sobradinho, é acusada de ameaçar os fiéis com "castigos celestiais" e, em alguns casos, ter mantido relações sexuais na presença do pastor.
Além dos abusos sexuais, o pastor extorquia financeiramente os membros da igreja. Em um dos relatos, uma das vítimas, além de realizar doações para a igreja, pagou passagem e hospedagem para o pastor viajar ao Rio de Janeiro e ainda emprestou uma chácara onde ele realizou orgias com outros membros da igreja.
A operação para a prisão do pastor e seus cúmplices incluiu buscas nas cidades de Vicente Pires, Samambaia e Sobradinho. Os autores dos crimes foram detidos e irão responder por violação sexual mediante fraude e extorsão, crimes que podem resultar em penas de até 17 anos de prisão.