Operação da PF combate venda ilegal de CNH e leva quatro para cadeia

Ao todo foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão nas cidades baianas |  Foto: Divulgação / Polícia Federal

Uma ação conjunta entre o Ministério Público estadual e a Polícia Federal combateu o esquema ilegal de uma quadrilha que vendia Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) para clientes dentro e fora do estado da Bahia, resultando na prisão de quatro pessoas. A 'Operação Stop Driver' ocorreu nesta quarta-feira (28), na região oeste da Bahia.

Ao todo foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão nas cidades baianas de Bom Jesus da Lapa, Canarana, Coribe, Correntina, Santa Maria da Vitória e São Félix do Coribe, e em Brasília (DF) e Goiânia (GO), em endereços residenciais e comerciais.

Um agente público da 17ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), em Santa Maria da Vitória, um ex-servidor do órgão e sócios de autoescolas, foram presos por suspeita de operar o esquema criminoso e estarem envolvidos em associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, falsificação de documento público, lavagem de dinheiro e estelionato.

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Ambos podem enfrentar penas que ultrapassam 40 anos de prisão e perder os bens adquiridos ilegalmente. O tribunal em Santa Maria da Vitória ordenou que o funcionário da 17ª Ciretran seja afastado e as contas dos quatro envolvidos sejam bloqueados. Eles foram levados para a Delegacia da Polícia Federal em Barreiras.

Segundo investigações do Ministério Público, o esquema existe desde 2016 | Foto: Divulgação / Polícia Federal

Após receber denúncias anônimas, o Ministério Público iniciou investigações que revelaram a existência do esquema desde 2016. Naquele ano, foi identificado um grande aumento no número de habilitações entregues a pessoas que não moram em Santa Maria da Vitória, inclusive vindos de outros estados.

O esquema consistia na venda de CNH a pessoas que não passaram pela avaliação exigida pelo Departamento de Trânsito (Detran), portanto sem aprovação técnica quanto a conhecimentos práticos e teóricos para se habilitarem como condutores. As investigações continuam a partir do material apreendido (computadores, documentos, celulares), com a finalidade de identificar novos suspeitos da prática delituosa e colher novas informações.