
A nutricionista Tâmara Ferreira, de 42 anos, contou nesta sexta-feira (7), o que viveu na noite anterior, após ser vítima de um sequestro-relâmpago. A mulher foi encontrada com vida, mas apresentava diversos hematomas pelo corpo, resultado das agressões sofridas durante o crime.
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Em entrevista após deixar a delegacia, a nutricionista detalhou que foi levada para uma “área de mata fechada”, mas, por estar sob ameaça constante, não conseguiu identificar os criminosos. Mesmo com ferimentos que ficarão marcados para sempre, Tâmara comemorou o fato de ter sobrevivido.
“Estou com diversas lesões, hematomas e muito abalada emocionalmente, principalmente na perna, por causa das quedas durante o ocorrido. O que importa é que estou viva”, afirmou.
O que rolou?
A nutricionista explicou que, ao sair do carro na praça da Lúcia Magalhães, onde estaria indo para um evento, foi surpreendida por uma pessoa que a forçou a entrar novamente no veículo. Ela garantiu que tentou resistir, mas não conseguiu.
Após os sequestradores tomarem controle da situação, eles a levaram para a parte de trás do Shopping Itaigara para que realizasse transferências bancárias, relatou Tâmara. Porém, por conta do horário, os valores não poderiam ser altos.
“Não consegui efetuar mais saques e, em seguida, fui levada a outro local, provavelmente um posto de gasolina. De lá, fui transferida para outro carro, que me levou a um lugar onde atravessei uma área de mata. Passei a noite nesse local”, explicou a nutricionista.
Na manhã seguinte, Tâmara destacou que foi acordada a base de ameaças. “Deram coronhadas na minha cabeça, na minha perna, disseram que iam cortar meu dedo, tirar minha unha. Fizeram um terror”.
Os criminosos, que estavam com a posse do celular da nutricionista, fizeram as transferências e ainda ameaçaram ligar para o marido de Tâmara, José Anacleto Neto. Após as transferências terem sido feitas, a nutri relatou que foi liberada quando foi levada de moto até um supermercado, onde pediu ajuda.
“Durante todo o tempo, meu rosto esteve coberto. Fui mantida em um local que parecia um espaço abandonado, onde a visão era limitada”.
Relato da mãe
A mãe de Tâmara também falou com a imprensa relatando o momento em que recebeu a notícia que a filha foi encontrada. “Estava na Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP Salvador) quando o gerente do supermercado me ligou e disse que Tâmara estava no local", explicou.
A senhora detalhou que só acreditaria se a filha falasse com ela, e ao receber a confirmação, foi junto a uma equipe em direção ao supermercado com uma viatura.
