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se ligue! - 21/05/2024, 11:14 - Da Redação | Portal A Tarde - Atualizado em 21/05/2024, 12:09

Mulheres são suspeitas de meter 'golpe do câncer' em Salvador

Dupla seria mãe e filha e utilizava da comoção das pessoas para aplicar as fraudes

Mulheres utilizavam falso diagnóstico de câncer para aplicar os golpes
Mulheres utilizavam falso diagnóstico de câncer para aplicar os golpes |  Foto: Reprodução | Redes Sociais

Uma dupla de mulheres, que supostamente são mãe e filha, são suspeitas de aplicar uma onda de golpes por Salvador. De acordo com denúncias, as duas apresentam um falso diagnóstico de câncer da filha e utilizam de vendas de sabonetes, que nunca são entregues, para atrair vítimas. Deste modo, abusam da comoção das pessoas para pedir doações por Pix.

As suspeitas são identificadas como Drielle Menezes Sena, de 28 anos, que seria a filha e suposta doente. E a mãe, chamada Ana Paula Menezes Sena, de 46.

Entretanto, informações preliminares apontam que Ana Paula seria uma tia, que ela consideraria como mãe.

Em diversas denúncias relatadas nas redes sociais, pessoas que afirmam terem sido vítimas das duas contam que chegaram a doar quantias em dinheiro ou até comprar produtos com elas. Já em outros casos, serviços gratuitos e favores eram concedidos para Drielle e Ana Paula com a intenção de ajudar como forma de solidariedade.

Imagem ilustrativa da imagem Mulheres são suspeitas de meter 'golpe do câncer' em Salvador
Foto: Reprodução

Para fazer com que a situação parecesse ainda mais real, Drielle chegou a raspar o cabelo e a sobrancelha, que costumam acontecer em situações bastante comuns em pacientes que são sujeitos a quimioterapia. Até mesmo um cateter foi introduzido no braço, com a finalidade de dar tons ainda mais reais para o golpe.

Nas redes sociais, o influenciador Pedro Valente relata que foi uma das vítimas da dupla. Em uma série de postagens no Instagram, ele lamenta ter caído no golpe e ainda divulgado para que, na época, outras pessoas pudessem ajudar também.

"O dia em que eu coloquei todo mundo no esparro", escreveu Valente, que publicou o vídeo divulgado na época. "Às pessoas que caíram no golpe, minhas sinceras desculpas. Além de ter sido enganado por tanto tempo, o que mais me aflige é a impunidade [...] Por dois anos, mãe e filha faturaram alto às custas da bondade de muitas pessoas. Infelizmente, vivemos em uma terra onde o crime compensa".

Uma vaquinha chegou a ser criada em 2019, com o intuito de arrecadar doações em dinheiro para ajudar a custear o tratamento do câncer de pulmão e leucemia. Na descrição, ela explica que a ação era porque nem todas as medicações necessárias são custeadas pelo Governo.

De acordo com a plataforma de doações, mais de 450 pessoas ajudaram apenas na vaquinha. O valor total das doações chegaram em R$ 27,2 mil. Paralelo a isso, acontecia também uma venda de sabonetes de uma empresa de cosméticos em uma caixinha produzida a mão, para arrecadar dinheiro do falso tratamento.

Imagem ilustrativa da imagem Mulheres são suspeitas de meter 'golpe do câncer' em Salvador
Foto: Reprodução

"A mãe precisou abrir mão do emprego pra cuidar de Dri já que a mesma se encontra fisicamente dependente (ajudar no banho, limpar as necessidades fisiológicas, desprezar a bolsa coletora de urina e etc). Abrace essa causa você também", diz trecho da vaquinha no site.

Outra situação envolvendo as golpistas seria de produtos importados. Relatos apontam que um suposto marido de Ana Paula, identificado como Henry, morava na Espanha e mandava sugestões de boas oportunidades de compra para pessoas no Brasil. Diversas pessoas relataram que compraram as mercadorias, mas as mesmas nunca foram entregues.

As vítimas ainda contam que, quando começaram a questionar as suspeitas, o tom do diálogo mudava e começavam a ser mais agressivas através de aplicativos de mensagens. Em último caso, elas chegavam ainda a trocar de número, algo que se tornou bastante recorrente e dificultando o contato com elas.

O Grupo A TARDE tentou contato com a Polícia Civil e o Ministério Público (MP-BA), com a finalidade de saber mais detalhes acerca da denúncia, mas, até o momento do fechamento desta matéria, ainda não obteve retorno. A reportagem também tentou contato com Drielle, através de dois números obtidos com vítimas do golpe, mas também sem sucesso.

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