
O influenciador Hytalo Santos e o marido dele, Euro, que estão presos de desde o dia 15 de outubro, viraram alvo de uma denúncia pesada do Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB). Os dois foram acusados de tráfico sexual e trabalho escravo envolvendo crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
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De acordo com o MPT, o casal mantinha as meninas sob isolamento familiar, controle total da rotina, privação de sono, coerção psicológica e até vigilância permanente. As vítimas não tinham autonomia, não recebiam pagamento e ainda eram submetidas a procedimentos estéticos para aumentar o “apelo sexual”. O órgão afirma que as provas mostram que as crianças e adolescentes viviam em condições extremamente degradantes.
Os pais das vítimas também entraram no radar da investigação. Segundo o MPT, eles aceitavam benefícios em troca e foram coniventes com toda a situação. A instituição destacou ainda que a operação só está avançando graças a uma força-tarefa nacional.
“A atuação do MPT, embora centralizada na cidade de João Pessoa, na Paraíba, está sendo conduzida por um Grupo Especial de Atuação Finalística (GEAF) de âmbito nacional, instituído pela Procuradoria-Geral do Trabalho (PGT) e composto por procuradores e procuradoras de diferentes regiões do país”, diz trecho da nota.
E o bolso vai doer!
O MPT pediu uma indenização coletiva de R$ 12 milhões, além de pagamentos individuais que variam de R$ 2 a R$ 5 milhões por vítima. Também foram solicitados atendimentos médico, psicológico e social para todas as crianças e adolescentes atingidos.
