O motorista que atropelou bolsonaristas que estavam em um bloqueio na Rodovia Washington Luís, em Mirassol (SP), na tarde de quarta-feira (2), disse em depoimento na Polícia Civil que acelerou o carro depois de ser agredido pelos participantes do ato. Duas meninas, três PMs e outras 12 pessoas foram atingidos. Ninguém morreu.
O homem que dirigia o veículo foi preso em flagrante por tentativa de homicídio e encaminhado para a Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de São José do Rio Preto (SP). Ainda nesta quinta-feira le vai passar por audiência de custódia.
A Polícia Civil de Mirassol está investigando o caso para descobrir o motorista está falando a verdade. Testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias.
Algumas pessoas que gravam o ato antidemocrático registraram quando um carro de cor prata acelerou e atropelou o grupo que estava no meio da pista.
Segundo o capitão da Polícia Militar Rodoviária de São José do Rio Preto (SP), Maurício Noé Cavalari, 17 pessoas foram atingidas pelo veículo.
“Estávamos em negociação com os manifestantes para poder desobstruir a via por completo. A negociação era pacífica, quando teve a interrupção total da pista. Alguns manifestantes chegaram a deitar na rodovia. Não houve uso de força, mas um condutor arrancou bruscamente sobre as pessoas. Ele só parou quando os policiais fizeram a abordagem”, disse.
Segunfo o capitão, várias ambulâncias foram acionadas e levaram os feridos para hospitais e unidades de saúde da região.
"Fizemos isso para não sobrecarregar os hospitais. Retiramos o condutor e a passageira do carro para levá-los à delegacia em segurança. Também conseguimos conversar com os manifestantes e liberar a rodovia por completo", afirmou.