O mistério envolvendo o paradeiro do motorista por aplicativo, identificado como Elionaldo Cardoso Santos, segue causando sentimentos de angústia e desespero nos familiares da vítima. O trabalhador desapareceu no domingo (9), no bairro de Cassange, em Salvador.
O veículo do rapaz, assim como dois celulares quebrados, foram localizados na segunda-feira (10), na região da Pedra de Xangô, localizada na Avenida Assis Valete, em Cajazeiras. Parentes de Elionaldo contaram a reportagem do Grupo A TARDE que ele foi visto pela última vez na Chácara Vegas, onde acontecia uma festa 'paredão'.
"Eu sei que nós fomos no sítio, vimos lá sangue nas paredes, vários curativos dentro de uma caixa, a casa recentemente como tivesse limpado. E as pessoas diziam que depois do show, pois tinha um show que ficava dois, três dias, a casa ficava suja. Os próprios vizinhos falaram que ali embaixo tem vários corpos enterrados, porque a noite, depois das festas, acontecia vários tiros de várias pessoas, de tráfico, polícia e tudo mais", contou a fonte, que não quis ser identificada.
Leia também:
Dupla que meteu mão em carro de motorista por app é presa
‘Motô’ por aplicativo é alvo de pipocos ao entrar em ‘bocada’ pelo GPS
Segundo os parentes, existe a suspeita de que o motorista por app foi até o sítio para cobrar uma dívida em dinheiro ao dono do alojamento, identificado como José Carneiro. Insatisfeito em ser cobrado, o homem teria batido boca com Elionaldo antes do desaparecimento misterioso.
"O Leo era trabalhador. Inclusive a gente está assim sentido por causa disso. Ele era uma pessoa tranquila, trabalhador, correria, nunca se envolveu em nada. E ele tinha esse rapaz [José Carneiro] como amigo dele há mais de três anos, porque a minha família passou o São João ano passado nessa chácara, sete dias", relatou.
Apesar dos rumores de uma possível discussão, o proprietário do local prestou depoimento na sede da Polícia Civil, em Itapuã, nesta quinta-feira (13), e negou ter qualquer envolvimento em briga e sumiço do trabalhador.
O Grupo A TARDE teve acesso a vídeos e imagens da chácara em que a vítima foi vista pela última vez. Nos registros, é possível ver um ambiente pós-festa, com garrafas de bebida, copos, sacos, atadura com marcas de sangue e outros objetos jogados ao chão
Veja: