![Morre mulher trans que teve corpo queimado durante conversa com ex-companheiro em Itabuna](https://cdn.jornalmassa.com.br/img/Artigo-Destaque/1220000/380x300/Artigo-Destaque_01220336_00-ScaleOutside-1.webp?fallback=%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1220000%2FArtigo-Destaque_01220336_00.jpg%3Fxid%3D5685551&xid=5685551)
A cabeleireira transexual Karla Santos foi assassinada aos 44 anos, na madrugada deste sábado (1°), em Itabuna, no Sul do Estado. A mulher teve seu corpo queimado durante uma conversa com seu ex-companheiro, principal suspeito do crime.
De acordo com a família da vítima, a causa da morte foi falência múltipla de órgãos. O corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), com previsão é de que seja liberado no domingo (2).
O ex-companheiro identificado como José Carlos foi preso em flagrante e teve a prisão convertida para a preventiva.
![O ex-companheiro identificado como José Carlos principal suspeito](https://cdn.jornalmassa.com.br/img/inline/1220000/0x0/inline_01220336_00-1.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.jornalmassa.com.br%2Fimg%2Finline%2F1220000%2Finline_01220336_00.jpg%3Fxid%3D5685553%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1720719216&xid=5685553)
A mãe de Karla, Lucinéia Ferreira, contou que recebeu uma mensagem do suspeito nas redes sociais. Segundo ela, o homem disse que ficaria com a cabeleireira a qualquer custo.
"Ele mandou mensagem para mim dizendo: ‘eu amo sua filha, quero ficar com ela e ninguém vai me impedir’. Isso não é amor, é doença. Quem ama não mata, não bate, não espanca", revelou Lucinéia.
A vítima chegou a ser transferida em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea para o Hospital Geral do Estado (HGE), na capital baiana, mas não resistiu.
Entre idas e vindas, a vítima e o suspeito estavam juntos há cerca 20 anos. A mãe nunca foi a favor do relacionamento, que era marcado por agressões físicas e verbais. Certa vez, o suspeito chegou a esfaquear a mão de Karla e ela prestou queixa na delegacia, mas depois retirou.
"Ela pediu chorando para mim: ‘socorro mainha, me tire daqui’, dizia que tinha medo. Quando ele ligava ameaçando, coagindo, ela ia encontrá-lo porque ficava com medo dele fazer algo contra ela", contou a mãe da cabeleireira.
Karla e José Carlos estavam separados, mas mantinham contato. No dia do crime, ele foi até o hospital onde a vítima acompanhava o pai, que está internado, com a justificativa de que queria conversar com a cabeleireira. Foi durante a conversa que ele jogou álcool na vítima e depois ateou fogo.