Moradores apontam crianças “especiais” entre vítimas da chacina na RMS

Moradores acompanham trabalho de remoção dos corpos |  Foto: Shirley Stolze / Ag. A Tarde

Duas crianças descritas como “especiais” por moradores do Núcleo Colonial JK, zona rural de Mata de São João, estão entre os corpos carbonizados encontrados na manhã desta segunda-feira (28) no município da Região Metropolitana de Salvador. Os moradores não sabem relatar qual o tipo de deficiência das crianças, se física ou aspectos psicológicos.

Conforme apurado pelas equipes de reportagem do Portal MASSA! e Grupo A Tarde, as vítimas foram encontradas em dois imóveis. Somente um deles foi incendiado. A Polícia Civil confirmou a sobrevivência de um adolescente de 12 anos, socorrido para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE) com queimaduras graves. Informações preliminares apontam que 55% do corpo dele foi queimado, mas ainda não há confirmação sobre o estado de saúde.

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Até as 11h30 os agentes da Polícia Técnica trabalhavam na remoção dos corpos, que a princípio devem seguir para o DPT de Camaçari, embora seja levantada a hipótese de transferência para a capital baiana como forma de acelerar o procedimento.

Chacina do tráfico

Imóvel onde duas mulheres foram executadas | Foto: Shirley Stolze / Ag. A Tarde

A essa altura, aumentam os indícios de chacina como linha de investigação do caso. Informações coletadas no local dão conta de que homens armados executaram duas mulheres ao invadir o primeiro imóvel por volta de 3h da madrugada e, na sequência, executaram também a tiros outras duas mulheres e dois homens que estavam no segundo imóvel invadido. O local foi incendiado e as crianças morreram carbonizadas. Um bebê de dois anos foi resgatado por moradores e entregue ao pai ao amanhecer.

Após disparos, casa ao lado foi incendiada e pessoas morreram carbonizadas | Foto: Shirley Stolze / Ag. A Tarde

Informações preliminares apontam que os adultos vitimados teriam envolvimento com o tráfico de drogas da região. A chacina teria sido supostamente cometida por um grupo rival motivado por disputa de território.

A Polícia Civil ainda não confirma essa versão. O caso está sendo investigado pela Delegacia Territorial de Mata de São João.

*Com informações do repórter Alex Torres