O modelo Bruno Krupp, que atropelou e matou o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, foi solto na quarta-feira (29). Ele estava na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.
Krupp estava preso há oito meses. A vítima atravessava a Avenida na Zona Oeste do Rio, no dia 30 de julho, quando foi atingido. Na ocasião, o modelo pilotava uma motocicleta a 100km/h e estava sem habilitação. Ele teve sua liberdade concedida após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A decisão tomada pelo STJ atendeu a um pedido de habeas corpus solicitado pela defesa. No recurso, os representantes de Krupp alegaram que o modelo vinha sendo coagido ilegalmente pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) em seu direito de locomoção. A defesa argumentou que não houve dolo na conduta de Bruno no acidente que matou João Gabriel.
Segundo a versão apresentada pela defesa, Krupp estava sóbrio e pilotava a moto à noite em uma via pouco movimentada no momento do acidente. A defesa também pontuou que o próprio modelo sofreu uma série de lesões graves por causa da colisão.
As alegações dos advogados do modelo foram acatadas pelo ministro Rogério Chietti do STJ. O magistrado mencionou o fato dele ser réu primário e de estar preso desde agosto do ano passado.
"Não há indicação da periculosidade do agente a justificar a medida mais gravosa. Ressalto que se trata de delito de trânsito e, ainda que se pudesse cogitar de um dolo eventual, não identifico necessidade de manter o acusado preso, se outras medidas, com igual idoneidade e suficiência, podem proteger o interesse em jogo, qual seja, evitar a prática de novo crime", diz o documento.