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pesado - 28/01/2025, 18:32 - Da Redação

Médico gringo do Samu de Salvador é denunciado por oito mulheres

Profissional de saúde se chama Luís Gonzalo Velarde Acosta, de 38 anos

Ambulâncias do Samu
Ambulâncias do Samu |  Foto: Ilustrativa/Ricardo Stuckert/ PR

Um médico peruano chamado Luís Gonzalo Velarde Acosta, de 38 anos, foi acusado por oito profissionais da saúde de praticar violência física, psicológica, virtual e patrimonial enquanto atuou no Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Salvador, entre os anos de 2018 e 2024. Ele foi afastado de suas funções, por três meses, enquanto as denúncias são investigadas.

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As vítimas, todas profissionais de saúde, incluem sete ex-companheiras com quem Luís Gonzalo manteve relacionamentos nos últimos anos, além de uma que o denunciou por assédio. De acordo com informações da TV Bahia, três denunciantes têm medidas protetivas contra o médico, duas se afastaram do trabalho por medo de atuar ao lado dele, uma tenta o afastamento, e outras duas ainda permanecem no serviço.

Uma das vítimas, que preferiu não revelar a identidade, contou que foi agredida no rosto pelo suspeito, além de ter sido trancada no apartamento e ter as roupas rasgadas pelo médico quando ele teve um suposto ataque de ciúmes.

Luís Gonzalo Velarde Acosta, médico de 38 anos denunciado por violência física, psicológica, virtual e patrimonial
Luís Gonzalo Velarde Acosta, médico de 38 anos denunciado por violência física, psicológica, virtual e patrimonial | Foto: Reprodução/TV Bahia

Uma outra denunciante, que também pediu para não ser identificada, disse ter sido empurrada da escada do prédio e expulsa do imóvel pelo peruano, pois não queria que ela assistisse à televisão. Ele também jogou as roupas dela na escada do prédio, pelo mesmo motivo.

"Ele se aborreceu porque eu liguei a televisão, segundo ele o volume estava alto, e pegou todas as minhas roupas e jogou na escada do prédio. Disse para eu ir embora e chegou a me empurrar", relatou a ex-companheira do agressor.

O médico foi afastado por três meses pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Já as denúncias foram encaminhadas para análises da Procuradoria Geral do Município (PGM).

Um mês depois, a PGM sugeriu que caberia à chefia médica do Samu o cumprimento das medidas protetivas no ambiente de trabalho e ao invés da suspensão total do contrato, fossem adotadas medidas que permitissem o exercício de trabalho de Luís Gonzalo, para evitar contato com as vítimas.

Com isso, as vítimas passaram a temer o retorno do médico aos trabalhos. No último final de semana, um manifesto foi encaminhado para a SMS com a solicitação de medidas cabíveis para que elas possam desempenhar os trabalhos delas em ambiente seguro, respeitoso e sem riscos à integridade física e psicológica.

Através de nota, a SMS reafirmou a decisão de afastamento do profissional, disse que não foi acionada pela Justiça para adotar medidas protetivas, mas ainda assim optou por afastar o médico após receber as denúncias.

Questionada sobre a recomendação do retorno do médico ao trabalho, o órgão afirmou que respeita o exercício da ampla defesa do contraditório, uma vez que ainda vai ocorrer o julgamento e a finalização da investigação, mas destacou que o que segue válido é o afastamento do profissional.

Em resposta, a defesa do médico disse reconhecer a denúncia de apenas uma ex-companheira do cliente, e afirmou ainda que as reclamações são mentirosas e feitas para manchar a imagem de Luís Gonzalo.

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