Carregado por um legado de mortes dentro do Conjunto Penal de Serrinha, no interior da Bahia, Marilton Nunes de Jesus bateu voo livre nesta terça-feira (14). Segundo informações recebidas pelo Portal MASSA!, ele recebeu a soltura do Conjunto Penal de Lauro de Freitas após decisão judicial. Anteriormente, ele já estava em regime semiaberto, mas com a dificuldade para conseguir emprego, permaneceu a maior parte do tempo na detenção.
Considerado um dos líderes da Katiara em Feira de Santana, o indivíduo carregou a missão de ser a ‘corrente’ de outro meliante, identificado pelo vulgo de ‘Roceirinho’, durante um período sangrento. Conhecido também pelo apelido de ‘Mamai’, ele acompanhou a decisão do Ministério Público, decretada em dezembro de 2016, de colocá-lo por mais um ano no cerco fechado.
Legado no crime
De dentro da cadeia, Marilton colocou duas pessoas no tribunal do crime. Foi dele a ordem para matá-las, após seu coligado morrer em um shopping no interior da Bahia. Além disso, ele decretou que uma terceira vítima fosse violentada, onde mandou traficantes rasparem o cabelo de uma mulher, que era companheira de um dos rapazes.
As duas mortes, ainda conforme informações obtidas pela reportagem, foram homens que arquitetaram o assassinato do ‘parça’ de Marilton no bairro de Queimadinha, na Princesinha do Sertão. Essas vítimas tinham os nomes de Luan Oliveira e Wendel Carneiro, traficantes de uma facção criminosa rival.
Acobertado
Ainda dentro do presídio, o mesmo indivíduo foi visto usando entorpecentes algumas vezes. Com o currículo extenso, a Polícia Civil acionou a Vara de Execuções Penais de Feira para que Mamai fosse mantido no presídio.
Conexão com PCC
A Katiara tem forte ligação com outro grupo criminoso, o Primeiro Comando da Capital (PCC). Mamai também atuou no tráfico de drogas em outros municípios da Bahia, como Salvador.