Um médico de 25 anos levou uma surra do marido de uma paciente que morreu em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Goiás. Segundo o homem que foi denunciado por agressão, o médico teria sido negligente e mandado a esposa dele “calar a boca” enquanto sentia dor. A defesa do profissional nega e o caso está sendo investigado pela Polícia e pelo Conselho de Medicina.
A paciente Nathali Haydee, de 36 anos, estava com sintomas de dengue e foi à UPA nos dias 6 e 7 deste mês para realizar exames, que deram negativo para a doença. Sem apresentar melhoras, a esposa de Jhader de Melo voltou à unidade de saúde nesta segunda-feira (11) para ser atendida, mas acabou sendo encaminhada para a Ala Verde após a triagem, pois não havia indícios de gravidade segundo o médico Pablo Henrique.
Em entrevista ao Terra, Pablo contou que enviou Nathali para tomar soro na veia, que é o procedimento padrão em relação ao quadro que ela apresentava, e foi atender outros pacientes. Jhader e a esposa teriam tirado o acesso venoso de qualquer maneira e ido à sala do médico e chutado a parede.
É nesse momento que as versões se divergem. Enquanto o médico nega, o advogado de Jhader afirma que Pablo Henrique teria mandado a paciente parar de bater na parede e gritar, dizendo que “não era para tanto” e que ela deveria “calar a boca”.
Depois da discussão, Nathali Haydee apresentou uma piora, convulsionou e foi encaminhada para a Ala Vermelha. Pouco tempo depois, a equipe médica informou ao marido que ela faleceu.
Um tempo depois de receber a notícia trágica, Jadher foi até a sala do médico e o agrediu com vários socos. Quem separou a briga foi um paciente que estava sendo atendido por Pablo no momento em que ele invadiu o consultório.
Em nota, a Polícia Civil confirmou que foi registrado uma denúncia por lesão corporal dolosa contra Jhader. Já Pablo Henrique está sendo investigado por um suposto homicídio culposo.