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Caso Lucas Terra - 25/04/2023, 19:01 - Pedro Moraes - Atualizado em 25/04/2023, 20:38

Mãe de Lucas detalha relação com o filho: "Ele era especial"

Marion da Silva Vargas trouxe à tona a fé do filho antes da trágica morte

Marion da Silva Vargas trouxe à tona a fé do filho antes da trágica morte
Marion da Silva Vargas trouxe à tona a fé do filho antes da trágica morte |  Foto: Rafaela Araújo / Ag. A Tarde

Com mais de duas décadas passadas, a família do jovem Lucas Terra, morto em março de 2001, teve, nesta terça-feira (25), um novo capítulo da interminável história com várias pontas sem nós. Com apenas 14 anos, ele teve a vida ceifada, após seu corpo ser encontrado em uma caixa em um terreno baldio, situado na Avenida Vasco da Gama.

Quinta testemunha de defesa do primeiro dia do júri popular dos pastores Fenando Aparecido da Silva e Joel Miranda, Marion da Silva Vargas, explicou como era sua relação com o filho caçula.

"Ele era especial, por ser o caçula. Filipe, meu filho do meio que era quem o protegia. Ele sempre teve aquela fé muito forte em Cristo. Era um filho amoroso, que sempre tinha uma palavra de força e de coragem. A gente era muito unido", declara em depoimento, emocionada aos prantos.

Lucas era frequentador assíduo da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro do Rio Vermelho, na capital baiana. Até então, o principal suspeito de ser autor do crime, o também pastor Silvio Roberto Galiza, foi condenado a 23 anos e 5 meses de frequência no xilindró no ano de 2004.

Todavia, em seguida, ele teve sua pena reduzida para 15 anos. Atualmente, Galiza está em liberdade, enquanto a família de Lucas, perdeu uma figura importante, Carlos Terra, pai do garoto, que morreu lutando com sede por justiça.

"O meu filho era um anjo, era puro. Se ele estava naquele ambiente [Igreja Universal] era porque ele amava Deus", recorda Marion.

Sonho de criança

Criado com carinho, Lucas Terra recebeu prioridade na infância. Amante da Bíblia, ele rodava o Rio de Janeiro com o livro sagrado do Cristianismo. A relação de mãe e filho, no entanto, foi interrompida depois que Lucas e o pai embarcou para Salvador, onde o filho mais velho do casal, Carlos, e a cunhada, irmã do marido, moravam.

"Chegando aqui em Salvador, ele conheceu o grupo jovem da Igreja em Santa Cruz. Nos falávamos todos os dias", mencionou Marion.

Por meio de ligações com a mãe, Lucas dizia que estava encantando com o poder da evangelização. Porém, eles não sabiam que "o sonho de ser pastor" viraria um conto de terror.

"Ele foi queimado vivo. O Lucas ele não merecia ser queimado vivo, ele era uma criança pura. Eu não consigo entender essa crueldade com meu filho", dispara Marion.

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