
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pegou ar nesta terça-feira (4), com a alta taxa de letalidade registrada durante a megaoperação policial no Rio de Janeiro. O petista ressaltou que a ordem judicial era para cumprir mandados de prisão, e não para matar, em uma ação que terminou com 131 mortos.
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“A ordem do juiz era uma ordem de prisão, não uma ordem de matança, e houve uma matança”, afirmou Lula durante um evento em Belém, no Pará.
O presidente também criticou o resultado da operação, classificando-a como um desastre do ponto de vista do Estado. Segundo ele, a forma como a ação foi conduzida levantou preocupações sobre a atuação policial e o uso da força.
Vale destacar que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), não comunicou o Governo Federal sobre a megaoperação, o que gerou atritos entre os órgãos. “O dado concreto é que a operação, do ponto de vista da quantidade de mortes, as pessoas podem considerar um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa”, disparou Lula.
O que rolou?
A megaoperação policial tinha como objetivo desarticular lideranças do Comando Vermelho (CV). Ao todo, 100 mandados de prisão foram expedidos pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), mas apenas 20 foram cumpridos.
Por outro lado, o número de mortos impressiona: 131 pessoas perderam a vida durante os confrontos. De acordo com o governador Cláudio Castro, apenas os quatro policiais mortos foram considerados “vítimas reais” da operação.
