A política de segurança pública na Bahia está em evidência nesta segunda-feira (21), fruto do fim de semana sangrento no Subúrbio da capital baiana. Doze pessoas foram baleadas e seis delas morreram em dois atentados ocorridos na Praia de Tubarão e no Alto de Coutos. No olho do furacão, o governador Jerônimo Rodrigues (PT), disse que “a ordem não é matar” e enalteceu as ‘prisões sem morte’ realizadas no estado.
“São 1.011 prisões sem tiro, sem sacar armas. A ordem nossa não é trazer corpos, nem de inocentes, nem de policiais. A ordem nossa é apurar, prender quem for preciso, mas é possível que o conjunto desses ataques que estão acontecendo em alguns bairros, aqui em Salvador, em Feira ou em Juazeiro, seja já por conta do impacto nosso das operações. Nós continuaremos firmes, eu volto a dizer que a ordem nossa não é de morte, não é de matar, é para trazer vivos, inclusive para ajudar nas apurações e investigações.”
Os dados apresentados pelo governador durante a cerimônia de autorização para licitações do novo PAC são da Secretaria de Segurança Pública. Dizem respeito às prisões feitas por meio do sistema de reconhecimento facial. Segundo Jerônimo, a marca alcançada na sexta-feira (18) é o terceiro ítem da tríade formada pela letra ‘I’: “inteligência”. O que, para ele, explica a política de fortalecimento da força policial no estado.
Ainda dentro desse espectro, o petista disse estar prestes a resolver o primeiro lote de câmeras nas fardas dos policiais.
“Nós estamos falando de três ‘Is’, na área de Segurança Pública. Começando por investimento. Constituição de equipamentos de trabalho dos policiais militares e civis, delegacias, pelotões, compra de armamento, equipamentos de segurança de trabalho para os trabalhadores, concurso. Na semana passada nós chamamos 540 profissionais que estavam na reserva para poder colocar em trabalhos administrativos e tirar daqueles ambientes 540 policiais, assim como bombeiros”, explicou o governador.
“Na área de integração, a gente está diariamente dialogando com o governo federal, porque na segurança pública a gente tem a responsabilidade, mas existem ações que o Estado não consegue sozinho. É necessário que o governo federal faça o seu papel e a gente tem sentido firmeza nesse aspecto. Assim como a integração com prefeituras municipais, com colocação de câmaras em lugares estratégicos, com a guarda municipal, com iluminação de pontos escuros.”
Vale ressaltar que nenhum dos suspeitos dos casos registrados no Subúrbio foram presos até o fechamento desta matéria. Os casos são investigados pela Polícia Civil.